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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) decepcionou a categoria bancária na reunião online realizada nesta quinta-feira, dia 11 de março, com o Comando Nacional. Os sindicatos cobraram respostas para as demandas que foram debatidas na negociação da semana passada, como a suspensão das demissões; a redução do horário de atendimento e o fim da cobrança de metas neste período de pandemia.
Os representantes dos bancos disseram que vão responder nesta sexta-feira (12), os questionamentos sobre redução do horário de atendimento, suspensão de visitas e a respeito das metas. Em relação à reivindicação dos sindicatos pelo fim das demissões ficou agendada uma nova negociação na próxima terça-feira, dia 16 de março.
Rigor nos protocolos
Os bancários querem ainda mais rigor nos protocolos de proteção com o fornecimento de álcool gel, colocação de bases de acrílicos, fornecimento de máscaras certificadas, limpeza e desinfecção das unidades; o afastamento do bancário ou bancária em caso de suspeita de contaminação; o controle e triagem no acesso às agências; a organização de filas externas pelos vigilantes e outras medidas que haviam avançados no início da pandemia, mas que agora os bancos têm criado mais dificuldade na implementação das ações de prevenção e nas negociações.
“Esperávamos uma resposta mais imediata. Estamos no pior momento da pandemia, com quase 2.300 mortos em 24 horas e podendo chegar a 3.000, de acordo com especialistas”, desabafa a presidenta do Sindicato do Rio Adriana Nalesso, que, além de criticar a postura dos bancos, responsabilizou o Governo Bolsonaro pela crise sanitária e mortes no país.
Descaso do governo
Adriana criticou também a falta de uma coordenação nacional por parte do Palácio do Planalto na prevenção e no combate ao coronavírus, inclusive a demora no processo de vacinação.
“Tudo isso que, infelizmente, estamos vivendo é fruto do descaso e do negacionismo do governo federal que não se organizou para compra das vacinas”, acrescenta Adriana, que defendeu a inclusão da categoria entre os as essenciais para a vacinação.
“É preciso também que a categoria bancária seja enquadrada na lista dos trabalhadores essenciais para vacinação. É lamentável, mas os bancos não pararam nenhum dia. Os bancários estão na linha de frente do atendimento e muitos foram contaminados. Os bancos foram enquadrados como essenciais e não estamos na lista divulgada pelo governo federal”, critica.
O Comando Nacional cobrou dos bancos e vai encaminhar carta ao Governo Federal solicitando a inclusão da categoria bancária, como parte dos serviços essenciais, entre as prioritárias para a vacinação.
“A negociação terminou com um sentimento de frustração. Esperávamos mais agilidade nas respostas e ações dos bancos. Medidas preventivas salvam vidas e não vamos desistir de defender nossa categoria, especialmente num momento tão delicado do país”, conclui Adriana.