Quando a mulher ousa, o machismo tosco range, se acovarda e até mata. Mas ainda que o machismo tosco se acovarde na justiça que tarda e se afrouxa, que não se vanglorie com o sangue inocente a covardia bruta, porque Marielle vive.

No Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Brasil vai para o terceiro ano sem uma resposta: quem mandou matar Marielle? Não é clichê. É indignação. É vergonha. Indícios apontam para milicianos do Rio de Janeiro, mas as investigações estranhamente não chegam aos mandantes do crime. Por que?

O Brasil vive hoje o seu maior pesadelo: a ascensão ao poder político do machismo mais estúpido, da intolerância odienta, do racismo que saiu do armário, do retrocesso sem precedentes.

Que ousem todas as mulheres. Porque a mulher quando quer, tudo pode e ninguém segura. Que elas nos libertem deste pesadelo horrendo, pelos que se foram e pelos que ainda partem, todos os dias, mas também por nós, que ainda vivos, resistimos.

Que todas as mulheres ousem. Por nós, todos. Porque, juntas, é que triunfa a vida.

Parabéns, a todas as bancárias pelo Dia Internacional da Mulher.

Homenagem da Imprensa do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro