Quarta, 03 Fevereiro 2021 13:56

Comando cobra da Fenaban mais rigor no cumprimento das normas de prevenção contra a covid

Adriana Nalesso: agravamento mostra necessidade de respeitar e ampliar medidas de prevenção Adriana Nalesso: agravamento mostra necessidade de respeitar e ampliar medidas de prevenção

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Em reunião nesta terça-feira (2/2), o Comando Nacional dos Bancários cobrou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) o cumprimento efetivo das normas do protocolo de prevenção contra a covid-19. Entre outros motivos, em função da redução da disseminação da pandemia em novembro, houve um afrouxamento das medidas para evitar o contágio, tendência que tem que ser prontamente revertida diante da retomada rápida e preocupante do crescimento dos casos de contaminação e mortes em todo o país.

Além de mais rigor no cumprimento das normas, o Comando defendeu a manutenção e ampliação do trabalho remoto, sobretudo em função de relatos sobre a convocação feita por vários bancos de funcionários do grupo de risco para o trabalho presencial. “Assim como cobramos dos bancos uma postura mais responsável, lembramos que bancárias e bancários não podem abrir mão do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscara, máscara plástica para o atendimento e higienização constante das mãos. Também é fundamental relatar casos ou suspeitas de contaminação, pois trata-se não apenas do cuidado individual, mas do cuidado com a saúde pública”, afirmou Adriana Nalesso, integrante do Comando Nacional e presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Alguns bancos, por exemplo, no caso do adoecimento de um caixa, afastavam apenas os caixas, mas não o gerente, que também havia tido contato direto com o funcionário contaminado. Também a atenção com os cuidados para a proteção dos bancários no atendimento às filas fora das agências passou a ser menor. Ou seja: em muitos pontos houve uma flexibilização das normas de segurança por parte dos bancos.

Variante do coronavírus

Diante do boicote do governo ao isolamento social, à sua inoperância e falta de coordenação no combate à doença e à demora na vacinação, o Brasil lá ultrapassou a marca de 9,2 milhões mortes pela covid-19, com 1.240 mortes em 24 horas, chegando a mais de 226 mil óbitos desde o início da pandemia. Para o Comando, diante deste quadro é preciso reforçar e mesmo ampliar as medidas de prevenção.

Ampliação do home office

Um dado a mais que mostra esta necessidade é o surgimento de variantes do coronavírus mais transmissíveis e letais no país. Também por isso, o Comando Nacional cobrou da Fenaban maior rigor na aplicação das normas de segurança. Inclusive observando a atuação dos gestores: “Muitas vezes até pressionado pela cobrança das metas, o gestor deixa de comunicar um caso de covid para que a agência não feche. Mas a vida precisa estar acima dessas cobranças”, lembrou Adriana. Além disso, a manutenção e mesmo ampliação do home office deve ser considerada, além do sistema de rodízio, sempre buscando preservar vidas.

Vacina para todos

O Comando Nacional exige vacinação para toda a população, obedecendo aos critérios já consagrados de prioridades para trabalhadores da saúde, idosos e população com comorbidades. E iniciar a discussão sobre as prioridades seguintes porque o governo não se preparou para a pandemia.

“A verdade é que quase um ano depois do início da pandemia o governo federal continua inoperante e ineficiente. A sociedade precisa discutir como será estabelecido o plano de vacinação depois que os mais vulneráveis forem atendidos. Nós defendemos que todos os trabalhadores de serviços essenciais sejam considerados prioritários – bancários, motoristas de transporte público, caixas de supermercado, atendentes de farmácia. Todos aqueles cujo trabalho foi mantido mesmo no pior momento da pandemia”, avalia a dirigente.

 

Mídia