Quinta, 28 Janeiro 2021 15:59

Bolsonaro não faz concurso e processos represados no INSS já chegam a quase 2 milhões

Presidente prejudica bancários e todos os demais trabalhadores Presidente prejudica bancários e todos os demais trabalhadores

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Uma das categorias de trabalhadores com mais alto índice de adoecimento em função da pressão no trabalho, os bancários vêm sofrendo na pele as consequências da demora do INSS na concessão de licenças para tratamento médico. O mesmo acontece em relação a aposentadorias e pensões, devido à negativa do governo Bolsonaro em realizar concurso para repor a mão de obra no Instituto e, assim, reduzir o déficit de pessoal que já chega a 19 mil servidores.

“Esta situação absurda gerada pela política irresponsável de contenção de gastos deste governo, fez com que o número de processos de solicitação de benefícios represados (sem resposta) do INSS chegassem, no fim do ano passado, a 1,17 milhão prejudicando a categoria bancária e todos os demais trabalhadores”, afirmou Gilberto Leal, diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato. Para o dirigente a postura do governo, sobretudo neste momento de maior dificuldade devido à pandemia, seria a concessão automática dos pedidos de concessão de benefícios.

“Os segurados que pagam as suas contribuições, não podem ser penalizados por uma inconsequência do governo que, ao não admitir novos servidores, economiza para pagar a dívida pública aos bancos, dentro da sua política de ajuste fiscal, e joga a conta sobre as costas dos segurados e dos servidores do INSS. A solução seria a concessão automática dos pedidos de concessão do benefício”, argumentou.

Para o dirigente, os bancários não podem ficar meses sem salário (que deixa de ser pago aos que permanecem de licença além de 15 dias) e sem sequer saber se vão receber do INSS. “A situação é muito grave para ficar durante todo este tempo fazendo avaliações para depois negar a licença. Isto é desumano. O governo sabe da situação, e mesmo assim empurra os segurados para a morte, como fez durante meses ao negar a gravidade da pandemia do novo coronavírus e sem tomar as medidas necessárias para, no fundo, economizar, como vem fazendo ao não determinar a concessão automática. É um governo genocida”, criticou.

Bancos não pagam complemento

O máximo que o governo fez foi criar um adiantamento do auxílio-doença no valor de um salário mínimo (R$ 1.100). Mas os bancos, que adoecem os bancários com demissões e com a sua política de assédio moral para o cumprimento de metas, se negam a fazer a complementação. “Com isto, estão descumprindo a própria Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada pelo Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban”, criticou.

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