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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A mídia empresarial, no entanto, fiadora da política econômica de redução do setor público – voltado ao atendimento da população e o desenvolvimento econômico e social do país – deixou de dar a devida importância às carreatas de sábado último na maioria dos estados. Nas matérias, o espaço maior foi reservado a críticas merecidas ao subordinado de Bolsonaro, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuelo.
A mídia deu bastante destaque ao papel do ministro na crise humanitária que matou milhares de pessoas em Manaus, mas deixou de responsabilizar, também, o presidente. Segundo analistas políticos, parecia um enredo para, se a pressão aumentar, Bolsonaro poder substituir o ministro-general para refrear o crescente repúdio ao seu governo.
Crise aumenta
Mas, ao mesmo tempo, segundo os analistas, as carreatas mostraram que, mesmo deixando de dar a devida importância às manifestações que ocorreram nacionalmente, e que devem ser apenas o início de uma série de mobilizações exigindo o fim do governo, a mídia empresarial não pôde deixar de registrar o fato. E será forçada, com a ampliação deste movimento, como sempre acontece, a abrir espaço em sua cobertura jornalística à exigência do impeachment.
A respeito do assunto, cabe registrar que há 56 pedidos de instauração de processo de impeachment contra Bolsonaro aguardando serem analisados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Muitos deles, relacionados a crime de responsabilidade pelo genocídio causado pela covid-19 e pelo qual, segundo os pedidos de impeachment, teria responsabilidade também o presidente, pela recusa em tomar medidas de combate à doença.