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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Na assembleia que deu início ao processo de eleição da nova diretoria do Sindicato, na noite desta segunda-feira (25/1), foi unânime a visão de que é necessária a formação de uma chapa de unidade. Na avaliação defendida pelos representantes de todas as forças políticas, este entendimento é necessário para fortalecer a entidade sindical de modo a organizar a luta para resistir aos ataques do governo Bolsonaro aos direitos dos bancários e demais trabalhadores, à democracia e à vida da população, sobretudo neste momento em que o presidente insiste em negar a gravidade da pandemia do novo coronavírus o que vem resultando num verdadeiro genocídio no Brasil.
A formação de uma chapa única é uma decisão histórica, tomada em situações de extrema adversidade, como a que os trabalhadores atravessam agora. Já havia acontecido em 1997, na gestão da então presidenta do Sindicato, Fernanda Carísio, que foi até 2000, passando pelas gestões de José Ferreira e pelo primeiro mandato de Vinicíus Assumpção como presidente, que terminou em 2006.
Fora Bolsonaro
Além de defender as negociações da chapa de unidade, a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, fez uma avaliação do atual momento de extrema dificuldade no país, com um governo fascista, racista, homofóbico, machista, que defende a tortura e a volta da ditatura, ao mesmo tempo em que age em nome dos bancos e demais patrões, retirando direitos trabalhistas e previdenciários. Para a dirigente, o Sindicato deve participar ativamente de uma campanha nacional pelo afastamento de Jair Bolsonaro da Presidência.
“O país não pode tolerar mais um governo desqualificado que, além disto tudo, ainda brinca com a vida da população brasileira, recusando-se a tomar as medidas necessárias para combater a pandemia do novo coranavírus, comportamento que gerou esta tragédia que vivemos no nosso país, com mais de 216 mil mortos e mais de oito milhões de contaminados”, afirmou.
Bolsonaro participou do golpe
Fez questão de frisar que a situação começou a se inverter no país a partir do golpe que, em 2016, derrubou a presidenta Dilma Roussef (PT). “Com Michel Temer, um dos golpistas, tomando o poder naquele ano, foi dado início a um outro projeto que era o oposto do que se via até então. Temer impôs uma reforma que esfacelou direitos trabalhistas, liberou a terceirização de maneira indiscriminada, permitindo todo o tipo de contratação precarizada, além de inviabilizar a prestação de serviços públicos à população, ao aprovar o teto de gastos, que, na prática, reduziu os recursos das áreas sociais, como a saúde, a educação e o saneamento básico”, lembrou.
Destacou que Bolsonaro integrou o golpe, aprofundando com a sua eleição os ataques aos direitos previdenciários e trabalhistas, o desmonte dos serviços do setor público e das estatais. “A reforma da Previdência na prática impediu que o trabalhador se aposentasse. Vemos o Estado brasileiro sendo desmantelado, tendo consequências graves para toda a população que fica desassistida, o que acontece também na Caixa Econômica Federal e agora no Banco do Brasil que está para ser atingido por um plano de desmonte, que prevê fechar mais de 300 agências e 5 mil postos de trabalho, com cortes de salários e em plena pandemia”, argumentou.