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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Nota Oficial
SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro condena a fala do presidente Jair Bolsonaro, neste dia 28 de dezembro, em Brasília. Sem um motivo que justificasse sua declaração covarde e desumana, feita entre sorrisos, a apoiadores, ironizou o fato da ex-presidente Dilma Roussef ter sido torturada na década de 1970, durante a ditadura militar.
Ao colocar em xeque um fato histórico, Bolsonaro reforça a sua intenção de defender a ditadura e os crimes por ela praticados como a prisão, tortura e morte de quem lutava pela democracia. Sua declaração doentia e de contornos fascistas, atinge não somente a ex-presidente, mas a memória de todos os que foram torturados e assassinados pelo regime de exceção, e a suas famílias, que, em muitos casos, não puderam sepultar o corpo dos assim chamados desaparecidos políticos.
Ao tratar de uma questão desta natureza com tamanho desdém, Bolsonaro mais uma vez mostra não se importar com a dor do ser humano. Pelo contrário, como um psicopata, parece ter prazer com o sofrimento alheio, fato comprovado recentemente nas inúmeras vezes em que tratou com ironia e descaso as milhares de mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus.
O ataque à Dilma foi também a todas as mulheres e à esquerda brasileira, a quem a ex-presidente representa. Não é à toa que Bolsonaro tenta atingi-la. Dilma nasceu em Belo Horizonte, em 14 de dezembro de 1947. Participou a partir da década de 1960, de grupos políticos de esquerda. Em janeiro de 1970 foi presa e torturada pela polícia politica da ditadura militar. Permaneceu detida por três anos.
Após deixar a prisão, cursou Ciências Econômicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A partir de 1979, filiou-se ao PDT. Durante as décadas de 1980 e 1990, exerceu cargos na prefeitura de Porto Alegre e no governo gaúcho. Em 2001, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores.
Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em 2002, foi escolhida para integrar o ministério, como titular da pasta de Minas e Energia. Três anos depois, ocupou o ministério da Casa Civil. Em 31 de outubro de 2010 foi eleita presidente com o voto de mais de 47 milhões de brasileiros. Teve o equivalente a 46,91% dos votos válidos. Em janeiro de 2011 tomou posse como a primeira mulher a ocupar a Presidência da República, tendo sido reeleita, até ser deposta pelo golpe institucional de 2016. Dilma é um exemplo da importância do papel que as mulheres podem cumprir em defesa da democracia, da justiça e igualdade social.
É hora de dar um basta a Bolsonaro. Não há lugar na Presidência da República para um ser tão repugnante quanto ele que por seus inúmeros crimes de responsabilidade, há muito já deveria ter sido afastado do cargo. Nossa solidariedade à presidente Dilma Roussef. Ditadura e tortura, nunca mais!
Diretoria do Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro – SeebRio.