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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Quando o Brasil chegou a mais de 191 mil mortos pela covid-19, no último dia 27, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dar mostras do seu descaso pela vida da população, esnobando os laboratórios, procurando minimizar a demora para liberação e aquisição, por parte do governo, de vacinas.
Segundo ele, diante de um mercado consumidor “enorme” no Brasil, os laboratórios é que deveriam estar interessados nos pedidos de autorização junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e em vender a vacina ao Brasil. A declaração foi dada em um momento em que o governo sequer possui um plano nacional de vacinação e em que vários países, inclusive da América Latina, anunciam o início da imunização contra covid-19.
Despreocupado
“O Brasil tem 210 milhões de habitantes, um mercado consumidor de qualquer coisa enorme. Os laboratórios não tinham que estar interessados em vender para a gente? Por que eles não apresentam documentação na Anvisa?”, indagou Bolsonaro a um grupo de apoiadores no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Bolsonaro voltou a repetir a história de que as bulas de vacinas apontam que a responsabilidade sobre o uso do medicamento e possíveis efeitos colaterais são do consumidor e também que não irá tomar vacina pois já contraiu covid-19. Segundo o presidente, “o cheque de R$ 20 bilhões” para a compra de vacinas já foi assinado por ele, referindo-se à MP (Medida Provisória) que autoriza a liberação desse dinheiro para compra de imunizantes e outros itens necessários na campanha de vacinação, como agulhas e seringas.
O Brasil ultrapassou o marco de 191 mil mortos pelo novo coronavírus com a confirmação de 331 mortes no domingo (27/12), segundo levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa. O total não inclui os dados de Minas Gerais. Com isso, 191.139 pessoas já morreram em decorrência da doença.