O descumprimento do compromisso assumido pelos bancos com o Comando Nacional dos Bancários de não demissão durante a pandemia, tem levado diversos juízes a determinar a reintegração de bancários. Duas decisões ocorreram no Bradesco, em dezembro.
No primeiro caso, a juíza Heloisa Juncken Rodrigues, da 72ª Vara de Trabalho do Rio de Janeiro, determinou a volta ao trabalho de Iverson Araújo da Silva. Também a juíza Daniela Valle da Rocha Muller, da 9ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, ordenou a reintegração imediata de José Carlos Pedro, com base no compromisso assumido.

O que dizem os reintegrados

Iverson disse que mais que agradecer, é preciso reconhecer o excelente trabalho realizado. “Assim que recebi a notícia do desligamento, procurei o Sindicato e fui prontamente atendido pela equipe de saúde e jurídico, através do Edelson e da advogada Manuela. De forma acolhedora e empática, me acompanharam e deram todo suporte. Parabéns a toda equipe pelo excelente trabalho”, afirmou.
José Carlos comentou a contradição entre o lucro astronômico do banco e a desumanidade da demissão, ainda mais na pandemia. “Os bancos, com todo o lucro que têm tido, não se preocupam e demitem muitos funcionários doentes em meio a pandemia. Muitas pessoas vivem criticando o Sindicato, mas um dia vão precisar. A equipe sindicato nota 1000”, disse.
Fez um relato de como chegou até a reintegração. Contou que é funcionário do Bradesco há 29 e 10 meses, tendo sido demitido em 28 de outubro de 2020. Estava em home office desde abril. “Imediatamente, comuniquei ao Sindicato, que não mediu esforços. O Sr. Edelson, diretor de saúde do sindicato, e a doutora Manuela procederam as orientações e a reintegração foi deferida em 9 de dezembro. Sou grato a esta equipe que fez um ótimo trabalho e que se preocupa com o ser humano”, disse.