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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Começou no último dia 25 de novembro e vai até o dia 10 de dezembro a campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência da contra as mulheres pelo Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. A data tem por objetivo conscientizar pessoas em todo o mundo de que a violência contra mulheres é uma violação de direitos humanos enraizada em séculos de dominação masculina.
Agressão psicológica
Este ano, há uma campanha global realizada pela Babbel, empresa de ensino de idiomas, em parceria com o Movimento Me Too Brasil e o Instituto Maria da Penha, lembrando que a violência começa em palavras que expressam a cultura machista no país, as agressões psicológicas que apresentam números alarmantes no Brasil: cerca de 50 mil por ano. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
8% das vítimas apontam namorados, cônjuges ou ex-parceiros como autores da violência psicológica. Em matéria publicada no site Brasil de Fato, Isabela Del Monde, formada em direito pela Universidade de São Paulo (USP), que atua na defesa e expansão dos direitos de mulheres e demais grupos minoritários, os maiores agressores de mulheres são os parceiros amorosos.
“Cônjuges e ex-cônjuges, companheiros ou ex-companheiros são os principais agressores, mas também é comum que haja violência cometida pelo pai, filho, um neto e até mesmo por vizinhos em moradias de coabitação”, diz ela. Del Monde disse ainda que é preciso expor que a violência psicológica não é natural e não é aceitável.
“É necessário que haja um desenvolvimento das capacidades emocionais dos homens e também das mulheres, primeiro para que os homens parem de cometer esse tipo de violência e, segundo, para que as mulheres consigam se retirar desta relação.
A diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários do Rio, Kátia Branco, lembra que nos locais de trabalho, muitas vezes as mulheres são desrespeitadas e assediadas. “Muitas vezes, por trás de um tom de ‘brincadeira’ homens expressam todo o seu machismo e não raramente o assédio sexual é feito de forma sutil ou mesmo escancarada. É fundamental a categoria refletir durante esta campanha e saber que respeitar a mulher não é um assunto exclusivo de movimentos feministas, mas uma necessidade de consciência de toda a sociedade”, explica. Denúncias de quaisquer forma de violência contra a mulher podem ser feitas pelo número 180.