Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Os funcionários da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) rejeitaram em assembleia virtual a proposta rebaixada da direção da empresa. Houve uma boa presença, de quase 70% dos empregados, para deliberar sobre a proposição referente ao acordo coletivo e a participação nos lucros dos trabalhadores da instituição. O longo prazo para votação na assembleia, das 22 horas de quarta-feira, dia 11, até às 22h de quinta (12), possibilitou a presença de um grande número de participantes. De um total de 556 habilitados para votar, 386 votaram, uma participação de quase 70%, sendo que 210 (54,4%) rejeitaram a proposta patronal e 174 (45,08%) decidiram pela aprovação. Houve duas abstenções (0,52%).

“O funcionalismo está aberto às negociações e já entregamos uma contraproposta para a direção da empresa. É importante que a Finep faça a leitura correta da decisão de rejeição da proposta. Primeiro porque os trabalhadores , num gesto solidário, não concordam com essa covardia que está sendo feita com os aposentados e querem a retirada desta cláusula do acordo. A diretoria alega que este item está na lei, mas este é mais um motivo para esta cláusula não estar no Acordo Coletivo de Trabalho. Além disso, não há nenhum atrativo econômico, pois a proposta não inclui o abono, que é importante, pois tem impacto principalmente para o nível médio. É preciso também abonar as horas em que o trabalhador está em consulta médica. Outro problema é que é preciso rever os parâmetros da participação nos lucros que não foram negociados. Do jeito que está a Finep não vai pagar o adiantamento da PLR e nem há a garantia sequer de que será pago mais adiante”, avalia o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Ronald Carvalhosa,  que faz parte da comissão de representação do funcionalismo.

Valorização dos funcionários

Na avaliação dos empregados, a direção precisa valorizar seu quadro funcional, que faz parte de uma empresa pública de grande relevância para o país, pois tem o papel de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas.

Na assembleia, os trabalhadores criticaram muito a ausência de abono e a proposta de participação nos lucros, que está relacionada às metas inatingíveis e denunciam que houve, inclusive, um aumento médio de cerca de 5% nas metas em plena crise sanitária e econômica.

A decisão dos participantes da assembleia seguiu a orientação da comissão de representação dos funcionários - da qual fazem parte os sindicatos dos Bancários do Rio e de Brasília, a Afin ( Associação dos Funcionários da Finep) e representantes eleitos - que defendeu a rejeição da proposta da Finep.