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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
A história se passa em 2008, em Sergipe, onde mais de 30 mil professores travam uma batalha judicial contra a retirada de direitos pelo governo do estado. Em um dado momento, deixam as escolas e fazem uma marcha até a capital, Aracaju. Uma das líderes da heroica mobilização é a professora Ana Rosa, que vive o desafio de ser mãe, mulher e dirigente sindical. O filme premiado ‘Abraço – A única saída é lutar’, do diretor e roteirista DF Fiúza, conta a saga destes trabalhadores.
Devido à pandemia do novo coronavírus, ‘Abraço’ entrará em cartaz, a partir do dia 15 deste mês, nos drive in, cinemas selecionados (a lista sai na semana do dia 15), e virtuais (pode ser visto, em casa, através do site www.looke.com.br) e, a partir do dia 29, nas plataformas digitais (streaming), como Apple TV, Google Play, Now, o próprio Looke, Vivo Play e Youtube Filmes. Baseado em fatos reais, o filme conta com a participação de mais de 500 figurantes e 80 atores sergipanos. No elenco estão, entre outros, Flávio Bauraqui, Giuliana Maria, Flávio Porto, Rose Ribeiro e Isabel Santos. O diretor de fotografia é Jorge Monclar, a trilha sonora de André Abujanra e Eron Guarniere, com participação do compositor Chico César. A música-tema é ‘Pra não dizer que não falei de flores’, de Geraldo Vandré.
“A música-tema é a expressão exata da história contada em ‘Abraço’, a história de um momento de ataque aos direitos, em que a solução é a união dos trabalhadores, no caso, os professores sergipanos. Mostra a importância dos militantes do movimento social e sindical, nesta luta, sendo, também, uma crítica à política dos governos de redução dos direitos sociais. Como a canção de Vandré, que diz ‘quem sabe faz a hora não espera acontecer – um verdadeiro hino nacional – convoca para a ação tendo como ponto principal a solidariedade”, afirma o diretor Fiúza.
Premiado
‘Abraço’ faz uma leitura e uma crítica ao cenário político brasileiro atual, principalmente no tocante ao descaso e desvalorização permanente dos professores e à educação de modo geral. Além da crítica social, a obra, inspirada em fatos reais, aborda o drama de uma professora dividida entre a defesa de seus direitos profissionais e a rotina doméstica. O filme ganhou os prêmios de Melhor Filme (Júri Popular), Melhor Atriz e Melhor Trilha Sonora Original no Festival de Cinema de Pernambuco de 2019.
O diretor Fiúza traz em sua bagagem entre outros, o documentário ‘Carregadoras de Sonhos’ (2010), que acompanha um dia na vida de quatro professoras no sertão do Nordeste; ‘Minha voz Minha Vida’ (2011), curta de ficção que apresenta a história de três professores que sofrem com problemas por uso excessivo da voz; e Casa de Anjo (2007) curta documental que conta a história de duas crianças com menos de um ano que nasceram e viviam nas ruas de Salvador (todos disponíveis no YouTube).
O lançamento de ‘Abraço’ é um marco histórico para o movimento sindical. É a primeira vez que um filme de ficção, longa metragem, é feito somente com recursos da classe trabalhadora, para falar sobre a classe trabalhadora e que chega aos cinemas para o grande público, ultrapassando a barreira do movimento sindical. Conta com o apoio de entidades sindicais, entre elas, o Sindicato dos Professores de Sergipe, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da CUT.
Mas extrapola os limites da luta sindical para mostrar o contexto em que vive o povo brasileiro, sujeito aos desmandos de governos autoritários, donos de um projeto antipopular de extinção de direitos históricos dos trabalhadores. Projeto este que se aprofundou, principalmente após o golpe que, em 2016, derrubou a presidente Dilma Roussef e colocou no poder Michel Temer e, em seguida, Jair Bolsonaro. “A proposta do filme é mostrar o contexto em que vivemos, dialogar com o público e comprovar que, na prática, unidos, os trabalhadores têm força para resistir aos ataques dos governos”, sintetiza DF Fiúza.
Assista ao trailer. https://youtu.be/braUKsEG70U.