Quinta, 17 Setembro 2020 19:30
ALERJ

Comissão aprova por unanimidade prosseguimento do impeachment de Wiltzel

CRIADOR E CRIATURA – Ex-aliado e eleito pelo Presidente Bolsonaro em 2018, o governador afastado do Rio, Wilson Wiltzel, parece estar com os dias contados. Após o impeachment ele poderá ser preso CRIADOR E CRIATURA – Ex-aliado e eleito pelo Presidente Bolsonaro em 2018, o governador afastado do Rio, Wilson Wiltzel, parece estar com os dias contados. Após o impeachment ele poderá ser preso

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Após o relator, deputado Rodrigo Bacelar (SDD), ler as 77 páginas do documento por pouco mais de duas horas, na presença dos 24 dos 25 deputados, a Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou por unanimidade o parecer pelo prosseguimento que trata do Impeachment do governador afastado Wlson Wiltzel. Até o deputado Leo Vieira, do PSC, mesmo partido de Wiltzel, votou a favor do relatório.

O processo será analisado em plenário da Alerj já na semana que vem. Nesta sexta-feira (18), o Diário Oficial publicará o resultado da votação do relatório. 

A versão de Wiltzel

O governador afastado do Rio fez uma publicação em uma de suas redes sociais. Ele diz que não cometeu crimes e está sendo julgado sem direito à ampla defesa.

"Recebo com respeito e tranquilidade a decisão da comissão da Alerj. Além da defesa por escrito, antes da votação em plenário faria a minha defesa presencial, demonstrando que não cometi crime de responsabilidade. Tenho confiança em um julgamento justo”, disse.

As acusações

O relatório aprovado lista uma série de denúncias contra Wiltzel, governador afastado por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça (STJ),  também por unanimidade, no último dia 28 de agosto após a Operação Tris In Idem.

A operação investiga desvios de recursos da saúde no governo estadual em contratos emergenciais. Pesam sobre os acusados, crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Além do governador, mais oito pessoas foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República, entre elas, a primeira-dama, Helena Wiltzel.

O esquema envolve irregularidades na contratação dos hospitais de campanha, respiradores e medicamentos para o combate a pandemia do novo coronavírus.

O governo requalificou o Instituto Unir Saúde e contratos com a Organização Social (OS) Iabas. A própria Secretaria de Saúde havia impedido a organização social Unir de ser contratada pelo poder público, em função da precariedade dos serviços prestados.

 

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