Sexta, 28 Agosto 2020 10:28

Bancários se mobilizam para pressionar Fenaban a apresentar proposta

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Nas principais cidades do país a categoria bancária se mobiliza, nesta sexta-feira (28/8), para pressionar a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a apresentar uma proposta ao Comando Nacional que traga um índice de reajuste a ser negociado. Os representantes dos bancários já deixaram claro que não aceitam reajuste zero.

No Rio de Janeiro, estão acontecendo mobilizações nas agências do Centro. A diretoria do Sindicato, retarda a entrada para o trabalho a fim de dialogar com os bancários sobre a necessidade de aumentar as mobilizações de rua e a participação nas campanhas nas redes sociais (veja como no site do Sindicato: www.bancariosrio.org.br).

Para a presidenta do Sindicato e integrante do Comando, Adriana Nalesso, o momento é decisivo sendo, por isto mesmo, fundamental a participação de todos. “O momento mais importante da campanha é este de agora que vai definir o rumo que as negociações vão ter”, frisou.

Os bancários estão em assembleia permanente em todo o país, o que significa que poderão entrar em greve, caso a Fenaban não apresente uma proposta digna de reajuste. Até agora, o que está na mesa, não repõe nem metade da perda salarial de um ano.

Assembleias de avaliação estarão acontecendo nesta sexta, às 18 horas. São também assembleias de organização que podem tomar decisões rápidas de acordo com o desenrolar das negociações com a Fenaban.

Longas negociações

A rodada iniciada ontem (27/8), às 16 horas, foi interrompida por volta das 19h30, a pedido dos bancos, que ficaram de retornar, ainda ontem, com uma proposta de índice, o que não aconteceu. A negociação foi retomada nesta sexta, pela manhã. Mas os bancos acabaram solicitando mais um intervalo para conversas entre seus representantes e ainda não retornaram.

Como já foi dito, o rumo das negociações vai ser ditado pela participação da categoria, o que já se verificou em várias etapas desta negociação. A primeira delas foi o recuo da Fenaban em relação à retirada da 13ª cesta alimentação. Depois, quando desistiu de alterar a regra da PLR, mantendo o cálculo atualmente em vigor. Depois se comprometeram a manter, também, as demais cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Mas persistiu o impasse em relação a um dos pontos centrais, ou seja, a apresentação de um índice de reajuste sobre salários e demais verbas. Inicialmente a Fenaban propôs zero, sendo rejeitado em mesa de pronto. Depois, tentou substituir o reajuste por abono em 2020 e 2021 para em seguida fazer uma proposição inusitada de abono em 2020 e reajuste parcelado (70% em setembro e os restantes 30% divididos em seis meses, para 2021), também rejeitada em mesa.

O impasse levou a negociações mais longas com interrupções, com a Fenaban pedindo um tempo ontem (27/8) para apresentar um índice. O que ainda não aconteceu. E uma nova pausa na negociação hoje, ainda não retomada.

 

 

 

 

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