Sexta, 28 Agosto 2020 03:26

Hoje é dia 28 de agosto: Parabéns bancárias e bancários

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Um novo dia nasce. Seja com sol, nublado ou chuva, é renovada a luz do amanhecer que traz a gratidão pela vida em tempos de tantas que foram ceifadas num Brasil sem governo, numa República sem Presidente, numa elite sem coração.

Mas a luz deste dia trás a esperança de dias e tempos melhores. Hoje, dia 28 de agosto, é o Dia de todos os Bancários e Bancárias. É o seu dia.

Uma categoria que trabalha muito, que dá duro diariamente, sofre pressão por metas, muitas vezes até sofrendo assédio moral para servir a população e isto ficou claro nestes momentos tão difíceis de pandemia da Covid-19, em que os funcionários colocaram suas vidas e de suas famílias em risco para não deixar a população na mão em uma hora tão dramática que afeta toda a humanidade. Fica do lado esquerdo do peito, é verdade, uma dor pelos que se foram, tragados pelo vírus e pelo descaso.

E o que dizer dos que, em função da situação sanitária, estão trabalhando em casa, extrapolando jornada, sem serem vistos pelas chefias e pelo patrão, aflitos por não conseguirem separar o trabalho da vida privada, sem dar conta, muitas vezes, de poder dar atenção aos filhos e a família como gostariam e merecem...

O que o bancário e a bancária mais querem neste dia é que os bancos valorizem àqueles que são, de fato, os que produzem os maiores lucros entre todos os setores da economia. E atender as reivindicações da categoria não é nada demais. Os bancários querem apenas dignidade, valorização do trabalho, melhores condições de saúde e de trabalho e uma vida digna para suas famílias. E os bancos podem retribuir todo este esforço. Têm dinheiro de sobra para isso e sabem que se fizerem este gesto de valorização do trabalho, continuarão acumulando as maiores fortunas entre todos os setores da economia, mesmo num país cujo povo é muito pobre e muitos até moribundos, amontoados nas ruas da miséria das grandes cidades. Será que nem a tragédia social sensibiliza os banqueiros?

E os demitidos em plena crise sanitária e econômica? Todos eles poderiam estar agora em seus empregos e como gostariam de estar trabalhando. De estar longe da humilhação de chegar em casa e, muitas vezes, não poder trazer sequer o alimento que a família aguarda para subsistir . A garantia do trabalho destas pessoas certamente não faria das instituições financeiras menos produtivas ou eficientes. Muito pelo contrário. Quem sabe se fora assim, a população até poderia olhar os banqueiros com outros olhos. Mas nunca é tarde para tentar melhorar e se redimir e os bancos podem, num gesto, atender as reivindicações de seus trabalhadores, melhorar, e muito, suas imagens e de suas empresas perante toda a sociedade. Ainda é tempo.   

E então? Porque não abrir mão um pouquinho de seus lucros para dar melhores condições de vida para seus funcionários, que o patronato moderno insiste em chamar de parceiros na cobrança por produtividade, mas na hora de reconhecer o valor do trabalho, nada.

A imagem dos bancos perante a sociedade não é boa. Mas passou da hora de começar a melhorar. Acorda Fenaban! Atenda as revindicações da categoria, que como no caso dos empregados da Caixa, garantem, em plena pandemia, a execução do pagamento do auxílio e do FGTS Emergencial e do seguro desemprego na hora em que os milhões de brasileiros mais precisam. Ficou evidente para todos que os bancos públicos e todos os bancários, também os do setor privado, são imprescindíveis para o Brasil.

Esta não é uma campanha salarial comum. É, mais do que nunca, a campanha nacional da vida e da dignidade. Falta apenas os donos dos bancos se darem conta disto.

 

Parabéns bancária. Parabéns bancário. O seu dia são todos os dias. E dias melhores virão.

Feliz 28 de agosto!

 

 

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