Quarta, 26 Agosto 2020 19:04
NA LUTA COM VOCÊ

Bancários do Rio fazem ato público no Centro em protesto contra intransigência dos bancos

NENHUM DIREITO A MENOS - Bancários realizaram caminhada na Rio Branco, da Candelária até o prédio da Caixa Econômica Federal, na Avenida Almirante Barroso, em protesto contra a proposta dos bancos de reajuste zero, redução da PLR e retirada de direitos NENHUM DIREITO A MENOS - Bancários realizaram caminhada na Rio Branco, da Candelária até o prédio da Caixa Econômica Federal, na Avenida Almirante Barroso, em protesto contra a proposta dos bancos de reajuste zero, redução da PLR e retirada de direitos Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou nesta quarta-feira, dia 26 de agosto, um protesto contra a intransigência dos bancos na mesa de negociações. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) insistem em impor reajuste zero para a categoria, além da redução em até 48% na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e corte na gratificação de função, que passaria de 55% para 50%. Hoje há mais uma rodada de negociações da mesa única. A pauta de reivindicações inclui ainda melhores condições de trabalho e de saúde, fim das metas e das demissões durante a pandemia, aumento real de salário e a renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho para garantir todos os direitos para os trabalhadores, inclusive quem for continuar trabalhando em Home Office.

Caminhada na Rio Branco

Os manifestantes seguiram, em caminhada, pela Avenida Rio Branco. Ocorreram pausas em frente às agências para convocar todos os bancários e bancárias a intensificar a mobilização e fazer com que os patrões recuem e apresentem uma proposta decente. Todos os participantes respeitaram o distanciamento de segurança em função da pandemia e prestaram homenagem as vidas ceifadas pela Covid-19 no Brasil. O ex-dirigente sindical Francisco Abdala, o Chicão, morto em junho, foi homenageado com uma faixa do Sindicato. Grevistas dos Correios participaram da atividade.

”Mesmo com o distanciamento social, todos podem participar da campanha nacional, envolvendo familiares e amigos para compartilharmos hashtag em protesto contra a postura intransigente da Fenaban na mesa de negociação.

“O nosso protesto encerrou com um ato público em frente ao prédio do Barrosão, sede da Caixa, onde vivemos momentos históricos na defesa dos direitos de todos os bancários. O setor financeiro é o mais lucrativo há mais de 40 anos e não há porque criar esse impasse nas negociações. Não aceitamos retirada de direitos. Se continuarem assim, os bancos vão nos empurrar para a greve”, disse o vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti.

Junto com a sociedade

O sindicalista lembra que a luta não é só por reivindicações corporativas, mas precisa envolver toda a sociedade. “Defendemos também a oferta de juros baixos para os trabalhadores e para micros e pequenas empresas, com taxas compatíveis com o mercado internacional, que cobra hoje juros zero e até negativo em função da crise. No Brasil o cartel dos bancos não tem nenhum compromisso social com o desenvolvimento do país, principalmente o setor privado. Defendemos o papel social dos bancos públicos. Nesta pandemia o que seria do povo sem a Caixa Econômica Federal para viabilizar o pagamento do auxílio e do FGTS emergencial e do seguro desemprego?”, questiona Matileti.

Mídia