Sexta, 21 Agosto 2020 14:29
BANCÁRIOS INDIGNADOS

Bancos propõem reajuste zero, o que representa perda de 2,65% nos salários

Após sinalizar redução na PLR e na gratificação de função e extinção da 13ª cesta-alimentacão, bancos negam aumento real para a categoria

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A postura da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na negociação com o Comando Nacional dos Bancários que acontece nesta sexta-feira (21) caiu ”como uma bomba”, gerando grande indignação em todos os bancários e bancárias. Os bancos propõem aumento zero para a categoria, o que representa uma perda de 2,65% nos salários em função da inflação do período.

A sinalização de retirada de direitos se repetiu em todas as nove mesas de negociação da campanha salarial deste ano, impondo perdas para os trabalhadores, como até 48% a menos na PLR, redução na gratificação de função, que passaria de 55% para 50% e o fim da 13ª cesta-alimentação, além de tornar mais difícil a vida dos funcionários que sofrem acidente de trabalho.

Nenhum direito a menos

Os sindicatos repudiam a intransigência da Fenaban que está relacionada ao apoio do setor financeiro à política econômica do Governo Bolsonaro de atacar os direitos dos trabalhadores. “O sistema financeiro não tem justificativas para atacar os direitos dos bancários. Nenhum outro setor acumulou tanto lucro nos últimos 40 anos e, mesmo com a crise sanitária e econômica, que afetam os setores produtivos e principalmente os trabalhadores, os bancos ganharam muito dinheiro e só não tiveram resultados melhores porque transferiram grande parte dos ganhos para as provisões, temendo uma inadimplência em função das consequências da pandemia sobre a economia do país. Não aceitamos a retirada de direitos”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio Adriana Nalesso, que faz parte do Comando Nacional e participa das negociações, realizadas por videoconferência.

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