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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A rodada de negociação sobre as cláusulas econômicas, realizada entre a o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancários), realizada nesta quinta-feira, 20 de agosto, deixou a categoria indignada com os bancos. Após propor a redução de até 48% da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) na reunião da última terça-feira (18), os bancos anunciaram que querem diminuir a gratificação de função e extinguir a 13ª cesta alimentação. O tíquete a mais no final do ano é importante para cobrir os gastos com as festas de fim de ano, mas pelo visto nem o espírito natalino e os votos de um ano novo mais feliz sensibilizam os banqueiros.
A Fenaban quer reduzir a gratificação de função de 55% para 50%.
O encontro foi feito por videoconferência. Os sindicalistas rejeitaram a proposta de imediato, na mesa. Ainda não houve resposta para a revindicação dos trabalhadores por aumento real de salários. Nesta sexta-feira (21), nona rodada de negociação, terá continuidade o debate sobre os itens econômicos e os bancários esperam uma proposta completa, pois está expirando o prazo da data-base da categoria, que é 1º de setembro.
“Esperamos que os bancos apresentem uma proposta global e justa amanhã que atenda a todas as nossas revindicações e esta campanha salarial seja resolvida através do diálogo. Não aceitamos retirada de direitos. Além de ser o setor mais lucrativo do país, durante esta pandemia os bancos reduziram suas despesas em cerca de R$270 milhões e com o Home Office é o trabalhador quem está gastando mais com luz, Internet, equipamentos de trabalho. Não há justificativa para esta postura e nem vamos aceitar a retirada de direitos”, critica a presidenta do Sindicato Adriana Nalesso.
O movimento sindical repudia e considera uma afronta a proposta dos bancos. “Os bancários merecem ter o devido reconhecimento, estão colocando suas vidas e de seus familiares em risco trabalhando em plena pandemia para garantir os lucros dos bancos. Esta proposta é mais um ataque aos nossos direitos e não aceitamos isto”, disse.
Perdas da proposta
Segundo cálculo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a categoria terá uma perda de R$13.282,57 anuais com as reduções e retiradas de direitos propostas pela Fenaban, o que os sindicatos não vão admitir.
Aumentar a mobilização
Somente com mobilização, aumentando a pressão nas redes sociais, os bancários vão conseguir avançar nas negociações. Em função da postura intransigente da Fenaban, os sindicatos realizam na próxima terça-feira (25), às 19 horas, por videoconferência, assembleia para deliberar sobre os rumos da campanha salarial e dar uma resposta à postura arrogante e desrespeitosa dos bancos. O Comando não descarta a possibilidade de greve nacional.
O Sindicato do Rio convoca toda a categoria a continuar cobrando dos bancos uma proposta digna, através das redes sociais, em especial no Twitter, divulgando as hashtags #NaoMexeNaPLR e #NenhumDireitoAMenos.