Segunda, 17 Agosto 2020 23:27

Caixa pouco avança em igualdade de oportunidade e cláusulas sociais

De positivo, apenas algumas conquistas na jornada de trabalho e no rodízio de funcionários
 José Ferreira, Sônia Eymard e Carla Fabiana conversaram, no último dia 12, com os gestores das áreas de pessoas e de logística sobre condições de  trabalho e proteção da vida neste momento de pandemia José Ferreira, Sônia Eymard e Carla Fabiana conversaram, no último dia 12, com os gestores das áreas de pessoas e de logística sobre condições de trabalho e proteção da vida neste momento de pandemia

A direção da Caixa Econômica Federal pouco avançou na mesa de negociações sobre igualdade de oportunidade e cláusulas sociais, realizada na terceira reunião com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), na segunda-feira, dia 17 de agosto. Em relação à Jornada de trabalho a Caixa reduziu em uma hora o horário de fechamento das agências ao invés de abrir uma hora depois porque a maior parte dos atendimentos se concentraria no início do dia. O rodízio está mantido e não há nenhuma diretriz para que acabe. O banco informou ainda que 2.270 vigilantes estão à disposição das unidades, além de mais 373 recepcionistas. Informou também que orientou as empresas terceirizadas a avaliar a necessidade de afastamento de seus funcionários.

O banco rejeitou as reivindicações dos empregados por menores taxas para os empréstimos, créditos, a continuação da isenção de tarifas, manutenção da PLR Social e ações mais efetivas para as pessoas com deficiência (PcD). Os representantes dos empregados destacaram a necessidade de ações mais efetivas pela Igualdade de Oportunidades para as bancárias e as Pessoas com Deficiência. Assuntos como racismo e homofobia foram deixados de lado pela Caixa

Cobrança de metas

A CEE destacou ainda a demora da Caixa ao aderir ao censo da diversidade, e que a adesão às respostas foi baixa. O banco não informou se houve comunicação para evitar a baixa adesão. Outra cobrança importante feita pelos bancários foi o enfrentamento da cobrança de metas. Mesmo com a pandemia crescente no país, a Caixa ainda está cobrando metas dos empregados, levando ao adoecimento dos empregados.

PLR e Saúde Caixa

A Caixa alegou dificuldades com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) para manter a PLR no formato atual. O movimento sindical não aceita redução de direitos. Uma nova reunião foi marcada para esta quarta-feira, dia 19 de agosto, para tratar da participação nos Lucros e do Saúde Caixa.
Na negociação do último dia 12, os bancários cobraram melhorias nas condições de trabalho, de saúde e de segurança.
No mesmo dia, os diretores do Sindicato do Rio, Carla Fabiana, José Ferreira e Sonia Eymard fizeram uma visita às unidades Gipes-RJ (Gerência de Gestão de Pessoas) e Gilog-RJ (Gerência de Logística), no prédio da torre três do Passeio Corporate para esclarecer a respeito das condições de trabalho presencial dos empregados (mais detalhes em nosso site).

Prevenção à Covid-19

A Comissão voltou a cobrar a limpeza completa das unidades em casos de contágio ou suspeita da Covid-19, já que a aplicação do protocolo não tem sido feita de forma homogênea em todas as unidades. Em resposta aos ofícios encaminhados pela Contraf-CUT, os representantes da Caixa responderam que não há recomendação formal de retorno dos empregados ao trabalho presencial e que situações pontuais de retorno ocorrem quando for estritamente necessário para dar suporte ao atendimento nas agências e que seguem funcionando para atendimento presencial apenas serviços sociais essenciais, como Saques do Auxílio Emergencial; Benefício de INSS; FGTS; Seguro Desemprego; Bolsa Família; Liberação do PIS/Abono; Desbloqueio de cartão e senha; Saque de Conta Salário e Conta Corrente/Poupança com crédito de Salário (todos estes serviços, para saques sem cartão e senha). Além de pagamento de prêmios de Loteria; Pagamentos de RPV e Precatórios e Fundo de Financiamento estudantil (FIES).

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