O Sindicato do Rio participou de uma atividade nacional de protestos contra as demissões promovidas pelo Santander em plena pandemia do novo coronavírus. A campanha foi batizada de “Pelas Paredes do Brasil”.

Apesar de negar as dispensas e a informação publicada no jornal Folha de S. Paulo de que o banco pretende demitir 20% do quadro de pessoal no Brasil, as demissões continuam acontecendo. Informações dão conta de que nove mil funcionários podem perder o emprego em todo o Brasil, país responsável pela maior parte dos lucros globais da empresa (cerca de 29%).

“Mais crédito”; “Menos juros; “Santander respeite o Brasil”; “Pare com as demissões”; “Basta de metas abusivas” estão entre as frases que foram projetadas. Não faltou o tom político do ato. Foi projetada também a frase “Porque Queiroz estava morando na casa do advogado de Flávio Bolsonaro”, numa alusão à prisão do ex-assessor do senador na quinta-feira, 18 de junho, em Atibaia, interior de São Paulo. No Rio, as projeções aconteceram em Botafogo e Humaitá, Zona Sul da cidade.

Na terça-feira passada (16), uma campanha contra as práticas do banco viralizou nas redes socais. Entre 12h e 13h houve um tuitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil, que levou a denúncia a ser um dos assuntos mais comentados do Twitter.

“Com as dispensas, o Santander descumpre inclusive acordo firmado com a categoria. Demitir em massa e manter a cobrança por metas abusivas são práticas cruéis e inaceitáveis contra os trabalhadores, especialmente nesta situação de calamidade sanitária”, disse o diretor do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Marcos Vicente.
O Sindicato anunciou ainda que vai denunciar em nível internacional, as práticas cruéis do Santander contra os trabalhadores.