Segunda, 08 Junho 2020 21:14
JORNADA DE SEIS HORAS

Comando cobra dos bancos a retirada de Itens na MP 936 que prejudicam bancários

Fenaban diz que não retira alterações do artigo 224, mas garante que não haverá mudanças e propõe prorrogar acordo da atual jornada prevista na CCT

O Comando Nacional dos Bancários cobrou dos bancos o respeito a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e reivindicou a retirada das alterações do artigo 224 inseridas na Medida Provisória 936, sobre a jornada de trabalho dos bancários. A representação dos trabalhadores também reivindicou a ultratividade da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que garante a prorrogação da CCT e dos acordos firmados com os bancários até que seja assinada uma nova convenção Coletiva.

Os trabalhadores propuseram ainda a volta das homologações de rescisões de contratos nos sindicatos e a resposta com relação à complementação salarial dos trabalhadores que receberam alta do tratamento de saúde pelo INSS, mas não têm condições para voltar ao trabalho.

“Com ou sem crise o setor financeiro é o mais lucrativo do país e continua a receber ajuda do governo como nenhum outro setor da economia. Não há porque mudar uma conquista histórica obtida com muita luta e mobilização. Os bancos precisam respeitar a categoria e as conquistas de nossa Convenção Coletiva”, disse Adriana Nalesso, presidenta do Sindicato do Rio e que também participou da reunião do Comando Nacional com os representantes dos bancos, através de viodeoconferência.

Articulação com senadores

Os bancos ficaram de se reunir ainda na noite de segunda-feira (8) e vcdar a resposta para as reivindicações da categoria até esta terça-feira, 9 de junho.

“Queremos a retirada das alterações que tratam da jornada da MP 936. É fundamental também assegurar a renovação do acordo da categoria firmado com os bancos em dezembro, que mantém a jornada como está, sem alteração”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Assegurar a ultratividade CCT, que garante aos bancários os direitos da atual convenção até o final de 2020 ou até que se realize um novo acordo é outro ponto que os bancários não vão abrir mão. O movimento sindical vai continuar pressionando junto aos senadores pela não aprovação dessa alteração ao artigo que prevê jornada de seis horas. Os representantes dos bancos também vão debater sobre a aceitação da volta das homologações das rescisões de contrato de trabalho nos sindicatos.

Complementação do auxílio doença - A Fenaban disse que o debate sobre o cumprimento pelos bancos da cláusula 29 da CCT, que trata de complementação de auxílio doença previdenciário, é uma questão um pouco mais técnica e, por isso, ainda não deram resposta sobre a reivindicação feita na reunião da mesa de saúde ocorrida no dia 3.
“Informamos à Fenaban na reunião do dia 3 que as alterações nas regras da concessão de benefícios previdenciários, conforme a lei 13.982/20, que garante somente o direito a uma antecipação do auxílio doença no valor de um salário mínimo mensal por três meses (R$1.045), durante a pandemia estão prejudicando os bancários e os deixando sem renda”, disse o Diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato do Rio, Gilberto Leal.

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