Quinta, 16 Abril 2020 14:23
PREVENÇÃO AO CORONAVÍRUS

Sindicato pressiona e Banco do Brasil vai instalar barreiras de acrílico nos caixas

Representantes do funcionalismo cobram também demandas referentes ao banco de horas, férias e abono de dias

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Banco do Brasil vai instalar as barreiras de acrílico em todos os caixas conforme reivindicado pelos sindicatos de todo o país. A informação foi dada por representantes do banco à Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) em reunião realizada na última terça-feira (14) com representantes do banco para tratar de medidas de enfrentamento à pandemia causada pelo novo coronavírus.
“É preciso tomar todas as medidas possíveis para proteger bancários e clientes do risco de contágio durante os atendimentos. Entretanto continuamos defendendo o fechamento das agências, com exceções aos casos mais urgentes e de forma agendada. O isolamento social é responsabilidade de todos”, avalia a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Rita Mota.

A direção do banco liberou ainda a verba para que as agências comprem máscaras de acetato “face shiel” e as mais comuns (N95), conforme orientação das autoridades de saúde.

Home Office

Os sindicalistas cobraram ainda a reclassificação para situação de funcionários que ficaram em isolamento residencial, permanecendo à disposição do banco (situação 478) nos dias 7, 8 e 9 de abril. É que alguns gestores classificaram estas ausências como abonos e folgas. O problema ocorreu depois que o banco enviou um comunicado aos gestores informando que, a partir do dia 7, “conforme previsto no Art. 6º da MP 927”, “está autorizado comunicar ao funcionário o acionamento de férias, com antecedência de” apenas “quarenta e oito horas”.
O comunicado, enviado no próprio dia 7, diz que os funcionários que estavam dispensados nesta situação deveriam optar entre a utilização de férias, o uso de banco de horas conforme prevê o Acordo Coletivo de Trabalho 2018-2020 noq eu se refere aos abonos, folgas e solicitação de licença prêmio.
Os sindicatos alegam que não houve tempo hábil para que as pessoas que estavam em casa pudessem optar por aquilo que é melhor para elas.  

Além disso, a situação gerou incerteza em relação à data do comunicado e a data do início das férias, para os funcionários que necessitassem fazer a opção. Segundo o que determina a MP do governo Bolsonaro, as férias se iniciariam na segunda-feira (13).
O banco informou que, em decorrência do comunicado, 9.937 funcionários entraram em férias na segunda-feira, 13 de abril. O banco promete avaliar caso a caso, mas a comissão de empresas acredita ser inviável por serem muitas pessoas.

“Defendemos um procedimento padrão e que haja ampla divulgação para não gerar incertezas”, explica Rita. O banco ficou de avaliar a proposta.

A orientação do movimento sindical é que, por enquanto, os funcionários procurem os gestores e, em casos de recusa de reclassificação dos dias 7, 8 e 9 que procurem o Sindicato.

Banco de horas negativo

A CEBB também questionou o Banco do Brasil sobre o banco de horas negativo que será utilizado para funcionários que estão em casa sem fazer home office. Tem gerado muita aflição entre os bancários a possibilidade de não conseguirem repor as horas negativas, o que pode resultar em desconto no salário, além da sobrecarga de trabalho quando começarem as compensações.

O Sindicato considera que a regra acordada para banco de horas não pode ser adotada neste momento atípico de quarentena para combate à expansão do Covid-19.

 

Fonte: Contraf CUT

 

Mídia