Quarta, 08 Abril 2020 18:21

Férias compulsórias, negociação individual: bancos desrespeitam negociação


O Sindicato dos Bancários do Rio tem recebido mensagens de bancárias e bancários do Banco do Brasil, do Santander e do Itaú que já vêm percebendo, na prática, os efeitos da MP 927. Os bancos estão, entre outras medidas, impondo férias compulsórias, justamente aos que foram afastados dos locais de trabalho por serem de grupo de risco. A Medida Provisória é mais uma a colocar o ônus da crise na conta do trabalhador, mesmo diante de todo o lucro dos bancos.
A Medida permite que empresas possam colocar o empregado de férias com um aviso de apenas 48 horas, mesmo que o profissional ainda não tenha período aquisitivo. A MP permite estabelecer acordo de banco de horas diretamente com os empregados, sem a necessidade de participação dos sindicatos e que o empregado possa compensar futuramente eventuais horas de inatividade devido à pandemia. Tudo isso sem qualquer negociação prévia com os sindicatos.
O Bancários Rio repudia essas ações. Não podemos admitir que sejam tomadas decisões individuais, fora do acordo coletivo. As centrais sindicais apresentaram emendas à MP, que visam diminuir os prejuízos dos trabalhadores.
“Temos feito enorme esforço para que a negociação seja o caminho para enfrentar esse momento difícil. As mesas de negociação precisam ser respeitadas, assim como os acordos coletivos. Os bancos têm acumulado lucros que permitem que eles passem por esse momento sem penalizar bancários e bancárias, preservando direitos e empregos”, afirma Adriana Nalesso, presidenta do Sindicato dos Bancários Rio.

Mídia