Quinta, 26 Março 2020 13:18
IRRESPONSABILIDADE SEM LIMITE

Sindicato repudia fala do presidente do BB, que repete Bolsonaro e põe a economia acima da vida

Rubem Novaes diz que “o valor da vida não é infinito” e responsabiliza quem implementa o isolamento social por possível “depressão econômica"
O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, José Henrique, criticou as declarações do presidente do BB: “estão preocupados com a reeleição de Bolsonaro e não com a vida das pessoas” O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, José Henrique, criticou as declarações do presidente do BB: “estão preocupados com a reeleição de Bolsonaro e não com a vida das pessoas” Nando Neves/SeebRio

Por Carlos Vasconcellos/ Imprensa SeebRio

 

O presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes reproduziu a ladainha de seu chefe, o Presidente Jair Bolsonaro, e criticou as medidas de isolamento social empregadas por boa parte dos governadores no país, para combater à pandemia de coronavírus. Para Rubem, quem "impede a produção, comércio e circulação de mercadorias" será responsabilizado por possíveis prejuízos econômicos”, disse em entrevista ao jornal Valor Econômico.

“A declaração de Novaes é uma irresponsabilidade. Fica evidente que a preocupação dele é bajular o Bolsonaro para continuar no cargo, pois o presidente do país não admite ser contrariado em suas afirmações e medidas insanas. Essa posição contraria todos os esforços do Sindicato, da Contraf-CUT, de governadores, prefeitos e de toda a sociedade para combater esta pandemia”, rebate o diretor do Sindicato do Rio, José Henrique.

Crise veio antes

O sindicalista lembrou que o presidente do BB quer colocar em risco bancários, terceirizados, clientes e a população para atender ao projeto pessoal e eleitoral de Bolsonaro.

“Eles não estão pensando na defesa da vida, nas pessoas e muito menos no país, mas na reeleição do presidente. A crise já estava posta e a política econômica do Ministro Paulo Guedes aprofundou de vez as esperanças de retomada do crescimento e ainda quer jogar nos ombros do trabalhador o ônus da crise, demitindo e reduzindo os salários pela metade”, completa.

José Henrique lembra que a economia já estava patinando antes da proliferação do Covid-19. “Sem coronavírus em 2019 o PIB do país foi o menor dos últimos três anos, um desempenho ainda pior do que o do governo Temer, antes da pandemia do coronavírus. A calamidade só aprofunda o estrago que Bolsonaro já vinha fazendo na economia do Brasil. Vamos todos continuar lutando em primeiro lugar pela vida, mas também pela economia”, completa.

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