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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Entraram em vigor no último domingo, 1º de março, as novas alíquotas de contribuição à Previdência Social, aprovadas na reforma da Previdência do governo Bolsonaro, no ano passado. O que muita gente não percebeu que os novos descontos não são uma simples elevação do que o brasileiro paga ao INSS, mas um verdadeiro confisco que reduz os salários. O trabalhador, que pagava até 11% para a Previdência Social, passará a pagar até 14%. Isto significa que os brasileiros vão perder até 3% do valor de seus salários. As contribuições vão de 7,5% a 14%. Antes vigoravam os valores de 8% a 11%.
Servidores até 22% de desconto – Já para os servidores federais que ainda podem se aposentar com benefício acima do teto do INSS (hoje em R$ 6.101,06), as alíquotas podem ser ainda maiores e chegar a 22%.
“O que Paulo Guedes está fazendo é um confisco de salários. Na matemática do ministro banqueiro o povo paga mais para receber menos na hora de se aposentar, isto se conseguir a aposentadoria, pois as novas regras da reforma da Previdência do governo Bolsonaro exigem pelo menos 40 anos de contribuição para o trabalhador receber o valor integral”, critica a diretora do Sindicato Vera Luíza. Com as novas regras para a aposentadoria, os trabalhadores regidos pela CLT perdem até 40% do valor médio dos benefícios que irão receber, em relação ao modelo que vigorava antes da reforma.
É arrocho na veia.
SIMULAÇÃO
Desconto do INSS: quanto você pode perder (setor privado)
Desconto anterior Desconto atual Perda salarial
Salário de R$6.500 11% 14% 3% (R$195)
Salário de R$5.272* 11% 14% 3% (R$158,16)
Salário de R$3.135 11% 14% 3% (R$94,05)
Salário de R$3.134.40 9% 12% 3% (R$94)
Salário de R$2.955** 9% 12% 3% (R$88,65)
*Piso salarial de um caixa de banco.
**Piso de ingresso no banco.