Terça, 03 Março 2020 20:53

Santander: sindicatos cobram tarifa zero na renovação do acordo aditivo

Dirigentes sindicais, representantes dos funcionários do Santander, cobram do banco um valor justo da PPRS, tarifa zero para todos os funcionários e os custos da qualificação profissional dos bancários Dirigentes sindicais, representantes dos funcionários do Santander, cobram do banco um valor justo da PPRS, tarifa zero para todos os funcionários e os custos da qualificação profissional dos bancários

Os representantes dos funcionários do Santander participaram nesta terça-feira, dia 3 de março, em São Paulo, da primeira rodada de negociação para a renovação do acordo aditivo com o banco espanhol. As cláusulas do novo acordo foram debatidas após os bancários entregarem a pauta de reivindicações, elaborada após consulta feita com aos funcionários nos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

Uma das prioridades apresentadas na reunião foi a isenção total de tarifas para os trabalhadores do Santander, incluída na cláusula 7ª da minuta.

“O Brasil continua a ser o carro-chefe dos lucros do Santander no mundo. O banco lucrou no ano passado em nosso país R$14,5 bilhões, uma alta de 17,4% em relação ao resultado de 2018. O Santander tem todas as condições de atender as nossas reivindicações”, afirma o diretor do Sindicato do Rio, Marcos Vicente, que esteve no encontro, na capital paulista. Os trabalhadores reivindicaram também tarifa diferenciada na contratação de crédito, como CDC, consignado e imobiliário.  

“Além de ser uma reivindicação antiga, em nenhum outro país os funcionários pagam tarifa. Somos responsáveis por 28% do lucro mundial”, acrescenta Vicente. Somente a arrecadação com tarifas corresponde a 196,8% da folha de pagamento, quase duas vezes as despesas com o funcionalismo.

Os dirigentes sindicais cobraram ainda a preservação de direitos já garantidos no acordo atual, assim como a ampliação de novas garantias.

Atualização da PPRS

Esse ano o banco pagou o valor de R$2.660,00 referente ao Programa Próprio de Resultados Santander (PPRS). Esse valor é o mínimo que cada um bancário tem a receber a título de remuneração variável.

“Queremos a atualização que faça jus aos resultados do banco desde 2012, que dá um acumulado de 132%. Isso representaria um valor de R$3.658, 65. Nada mais justo já que a lucratividade é fruto do trabalho e do sacrifício dos funcionários. O banco tem que valorizar deus empregados”, explica Marcos Vicente.

O banco pediu um tempo para analisar as reivindicações e nesta quarta-feira será realizada a segunda rodada da negociação.  

Provas da AMBIMA

Outra reivindicação dos funcionários é que o Santander pague a capacitação profissional referente as provas de certificação da AMBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) exigidas pelos bancos. Os trabalhadores querem ainda que o banco faça o ressarcimento ao menos duas vezes o valor da inscrição caso o bancário seja reprovado.

“É importante que os bancários estejam unidos e mobilizados e valorizem a ação do Sindicato em defesa dos direitos e conquistas da categoria”, conclui Marcos.

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