Quinta, 06 Fevereiro 2020 18:37
ESQUENTA NO RIO

Bancários retardam abertura de agências em protesto contra reestruturação na Caixa

Empregados cobram informações sobre situação dos trabalhadores de áreas que serão extintas e denunciam projeto privatista. Dia 13 tem mais protestos
Dirigentes sindicais se reuniram com empregados da Regional Rio Norte, uma das áreas que será extinta pela reestruturação na Caixa. Trabalhadores estão preocupados e indignados com mudanças arbitrárias Dirigentes sindicais se reuniram com empregados da Regional Rio Norte, uma das áreas que será extinta pela reestruturação na Caixa. Trabalhadores estão preocupados e indignados com mudanças arbitrárias

Os empregados da Caixa Econômica Federal retardaram a abertura de três agências da Tijuca, Zona Norte do Rio, na última quarta-feira, dia 5 de fevereiro, em protesto contra a reestruturação imposta pela diretoria da empresa: Tijuca e Saens Peña (ambas na principal praça do bairro) e Barão de Mesquita. Na parte da tarde, os sindicalistas realizaram uma reunião com os funcionários da Regional Rio Norte, uma das áreas que vão ser extintas pelo banco. A atividade faz parte de uma mobilização nacional. Os trabalhadores estão indignados com a forma arbitrária com que as mudanças estão sendo feitas nas empresa e todos muito preocupados sem saber para onde serão transferidos.

“A Caixa desrespeita a Convenção Coletiva de Trabalho, não negocia com as entidades sindicais e traz insegurança e preocupação aos trabalhadores porque a reestruturação é feita de forma unilateral e sem nenhuma transparência, com total falta de informação”, critica o diretor do Sindicato Sérgio Amorim, que participou da atividade, considerada um “esquenta” para o Dia Nacional de Luta, marcado para a próxima quinta-feira, dia 13.

Prejuízos para a sociedade

O movimento sindical repudia o “fatiamento” da Caixa e denunciam que as mudanças fazem parte do projeto privatista do ministro da Economia Paulo Guedes.

“Sempre que um governo anuncia reestruturação numa estatal o resultado é precarização das condições de trabalho, descomissionamentos, fim de postos de trabalho e aumento da pressão e da sobrecarga. Não aceitamos o fatiamento da empresa porque isto faz parte do projeto do governo de privatizar os bancos públicos. Vamos denunciar à opinião pública este ataque do governo contra a Caixa. A sociedade precisa entender que está em risco o papel social do banco”, acrescenta Amorim.

Além da mobilização nas unidades da empresa, os sindicatos iniciaram uma campanha nas redes sociais utilizando as hastags #SomosMuitasCaixas, #ACaixaéTodaSua e #EsquentaparaoDia13.

“Não são apenas os funcionários que sofrem prejuízos com a privatização de instituições fundamentais do setor público. Toda a sociedade perde, pois as empresas privadas jamais vão desemprenhar a função social das estatais. Empresários e banqueiros só querem a fatia lucrativa e especulativa dos bancos públicos”, completa Serginho.

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