Segunda, 03 Fevereiro 2020 18:56

Caixa: empregados vão realizar protestos contra reestruturação nos dias 5 e 13

Atividade organizada pelo Sindicato faz parte de mobilização nacional contra ameaças às carreiras dos trabalhadores e no risco de privatização
Mobilização dos bancários e conscientização da opinião pública são fundamentais  para enfrentar a política privatista do governo nos bancos públicos Mobilização dos bancários e conscientização da opinião pública são fundamentais para enfrentar a política privatista do governo nos bancos públicos

O Sindicato convoca os empregados da Caixa Econômica Federal para dois atos em protesto contra a reestruturação da empresa promovida pela direção do banco e pelo governo Bolsonaro. A falta de informação gera pânico nos funcionários.
A manifestação é em defesa das carreiras dos empregados, ameaçadas por mudanças impostas pela política econômica ultraliberal e privatista do ministro da Economia Paulo Guedes. Os bancários denunciam que a reestruturação ameaça ainda a função pública e social do banco. Nesta quarta-feira, 5, haverá protesto em agencias e serão realizadas também reuniões nas Superintendências Regionais.
O ato desta quarta-feira será um “esquenta” para o Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação, no dia 13 de fevereiro (quinta-feira).
Nas ruas e nas redes sociais
Os protestos ocorrerão também nas redes sociais com twitaço a partir das 11h do dia 5 de fevereiro, usando as hastags #SomosMuitasCaixas,#ACaixaéTodaSua e #EsquentaparaoDia13.
“Temos que mobilizar não apenas os empregados da Caixa e a categoria bancária, mas toda a sociedade porque estas políticas da empresa estão inseridas no projeto de privatização dos bancos públicos e de todas as estatais defendido pelo ministro banqueiro Paulo Guedes”, disse o diretor do Sindicato, Sérgio Amorim.
A Contraf-CUT enviou ofício à direção da Caixa Econômica Federal reivindicando a suspensão da reestruturação, anunciada pela empresa em 22 de janeiro, e o agendamento de reunião com a comissão de empregados para debater o processo.
Fatiamento da Caixa
A decisão unilateral da direção do banco contraria a cláusula 47, parágrafo segundo, do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2020, em que a Caixa se compromete a discutir “quaisquer impactos na vida funcional dos empregados, decorrentes da implantação de novos processos de trabalho pela empresa”.
A história mostra que reestruturação é sinônimo de precarização das condições de trabalho, aumento das cobranças de metas abusivas, descomissionamentos, fim de postos de trabalho e transferências compulsórias. Mas não são apenas os funcionários que perdem com o desmonte da empresa. O fatiamento da Caixa imposto pela política do governo atinge em cheio a função social do banco: entre 2015 e 2019, por exemplo, houve uma redução de quase 71% no crédito para micro e pequenas empresas e de 30,51% no crédito agrícola. Com relação ao Fies, de 2015 a 2018, foi registrada uma queda de aproximadamente 71%.

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