Terça, 28 Janeiro 2020 17:39

Sindicato apoia greve dos trabalhadores da Dataprev

 Adriana: Medidas do governo contra a Dataprev aprofundarão ainda mais o caos no INSS  Adriana: Medidas do governo contra a Dataprev aprofundarão ainda mais o caos no INSS

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro apoia integralmente a greve nacional por tempo indeterminado dos trabalhadores da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), deflagrada em 22 de janeiro diante do quadro de sucateamento desta importante estatal responsável pelo processamento de dados de todos os segurados da Previdência Social.  Além da demissão em massa proposta pelo governo federal, Bolsonaro pretende fechar 20 escritórios regionais da empresa localizados em diversos estados.

Para promover as demissões, a direção da Dataprev criou o chamado Plano de Adequação ao Quadro, uma espécie de PDV cujo prazo de adesão foi encerrado dia 19n de janeiro. Dos 422 servidores lotados nas 20 unidades da empresa, apenas 71 aderiram ao plano de demissão.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários, Adriana Nalesso, as medidas, mais uma vez, vão contra os direitos dos trabalhadores, fazendo parte do projeto de desmonte para posterior privatização da Previdência Social, como vem fazendo o atual governo em todo o setor público voltado ao atendimento da população e ao desenvolvimento do país, como as empresas públicas, entre elas o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras.

Adriana acrescentou que se o desmonte for em frente vai aumentar ainda mais o caos no INSS provocado por profundos cortes no orçamento do Instituto e pelo déficit de pessoal de 19 mil servidores, causado pela proibição de concurso público para a reposição de recursos humanos. “Se forem implementadas, as medidas aprofundarão ainda mais o colapso existente no INSS, onde mais de 2 milhões de pedidos de benefícios estão represados à espera de análise”, advertiu.

O que é

A Dataprev é responsável por processar R$ 50 bilhões em benefícios do INSS, ao mês, e R$ 555 bilhões por ano, representando 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. 98% da receita da sua receita são oriundos do processamento da folha do INSS, pagos pelo governo federal para a empresa fazer esse serviço pela gestão das folhas de aposentadorias e pensões.

 

 

 

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