Segunda, 02 Dezembro 2019 20:20
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Trabalhar aos sábados, nem pensar!

Pressão dos sindicatos garante compromisso dos bancos em suspender trabalho aos sábados e elevação da jornada, derrubando a MP 905/2019. Mais tempo para o lazer, o descanso e para estar com a família é conquista imprescindível para a qualidade de vida dos bancários.
 Descanso remunerado nos finais de semana para relaxar, se divertir e estar mais tempo com a família. A negociação dos sindicatos com a Fenaban foi um avanço que garante direitos fundamentais da categoria Descanso remunerado nos finais de semana para relaxar, se divertir e estar mais tempo com a família. A negociação dos sindicatos com a Fenaban foi um avanço que garante direitos fundamentais da categoria

Uma das principais alterações impostas pela Medida Provisória 905/2019 do governo Bolsonaro que afetaria em cheio a categoria bancária seria a elevação da jornada de seis para oito horas diárias e o trabalho aos sábados, proposta dos bancos que foram incluídas na MP num acerto com o governo.
No Brasil, banqueiros e grandes empresários estão na contramão do que é praticado nos países capitalistas mais desenvolvidos do mundo, como a Suécia e a Noruega, que reduziram a jornada para melhorar as condições de saúde, a qualidade de vida dos trabalhadores e para gerar mais empregos. Por aqui, governo e patrões querem explorar mais e reduzir renda e direitos.
Direitos garantidos
Na última terça-feira, 26, os Sindicatos conseguiram um avanço importante nas negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), após a mobilização nacional da categoria e a pressão dos sindicatos. O compromisso firmado entre o Comando Nacional dos Bancários e os bancos suspende os efeitos nocivos da nova reforma trabalhista chamada pelo governo de “Programa Verde e Amarelo”. O acordo garantiu a manutenção da jornada de seis horas diárias, de segunda a sexta-feira. Ou seja, nada de trabalho aos sábados, que só poderá acontecer em caso de negociação com o Sindicato, como prevê as atuais regras da Convenção Coletiva de Trabalho.
Além disso, os valores e regras da PLR terão que continuar sendo negociados com as entidades sindicais, o que impede o que seria uma provável redução no valor médio dos ganhos salariais da categoria.
Em função do avanço da hora – a reunião da última terça-feira durou mais de dez horas - as negociações sobre o texto do aditivo vão prosseguir em data ainda a ser definida. Até que o aditivo seja assinado, os efeitos da MP continuam suspensos. Os bancos assumiram o compromisso de manter as regras atuais da CCT.
“Elevar a jornada e impor trabalho nos finais de semana só trará prejuízos para os bancários, aumentando a sobrecarga e o nível de adoecimento na categoria. Esta reforma trabalhista, como a primeira de Temer, não vai gerar um só emprego, mas sim precarizar ainda mais as condições de trabalho e de saúde dos empregados”, explica a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso.
Até o fechamento desta edição, a reunião para dar continuidade a negociação do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban e assinar o aditivo à Convenção Coletiva que garante os direitos dos bancários, iniciada no último dia 26 de novembro, ainda não havia sido confirmada. Novas informações, em nosso site: www.bancariosrio.org.br.

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