Segunda, 02 Dezembro 2019 20:07

Atos e paralisações contra demissões no Santander

Os bancários do Santander fizeram mobilizações em todo o país na quinta-feira (28/11) como parte do Dia Nacional de Luta Contra as Demissões em Massa no banco espanhol. No Rio de Janeiro houve paralisação nas agências e prédios administrativos da Rio Branco 70 (antigo Realzão), e da Presidente Vargas, 100.
Marcos Vicente, diretor do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE), frisou que as dispensas não se justificam, já que o lucro do Santander Brasil foi de R$ 3,705 bilhões no terceiro trimestre deste ano, 19,2% maior que a registrada no mesmo intervalo de 2018, de R$ 3,108 bilhões. O desempenho continuou a ser o maior entre as atividades do conglomerado no ano até setembro, em todo o mundo, com uma fatia de 29% do total. Essa parcela de contribuição vem se mantendo estável desde o início do ano.
“Só a ganância justificaria as demissões em massa”, criticou o dirigente. Segundo Marcos Vicente as dispesas foram maiores no Rio e em São Paulo. Muitas delas atingiram, inclusive, bancários com estabilidade por terem retornado ao banco após licença-médica. “Além de ilegal é desumano. O banco espanhol não respeita as nossas leis. Por isto mesmo, vamos continuar protestando e denunciando este processo de demissões”, advertiu.
Além de exigir o fim das dispensas, foi um protesto contra o desrespeito na atenção de temas de saúde ocupacional e às condições de trabalho, problemas com a assistência médica e a exposição dos trabalhadores a riscos de segurança no exercício de suas atividades, inclusive com a retirada de portas de segurança nas agências.
A direção do banco tem se mostrado irredutível no trato de temas de interesse dos trabalhadores. A realização de manifestações e outras atividades demonstrou, mais uma vez, a unidade da luta dos bancários no enfrentamento à intransigência dos gestores e executivos do banco.

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