Terça, 26 Novembro 2019 21:11
BANCO DO BRASIL

Sindicato orienta voto SIM na Cassi. Votação vai até quinta-feira, dia 28

Por decisão da maioria de sua direção, o Sindicato dos Bancários do Rio orienta o voto SIM à mudança estatutária e injeção de recursos do Banco do Brasil à Cassi. Qualquer alteração estatutária deve ser aprovada por 2/3 de votos favoráveis. A consulta vai até esta quinta-feira, dia 28 de novembro.
Desde o início de julho a Cassi está sob regime de direção fiscal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), devido à crise financeira em que se encontra. Em dezembro de 2019 encerram-se as contribuições extraordinárias previstas no Memorando de Entendimentos, de 2016, que garantiu o pagamento de despesas da ordem de R$ 500 milhões por ano. Com a suspensão, a situação financeira pode se agravar a partir de janeiro de 2020. A direção fixou um prazo de um mês para que seja aprovada uma solução. Caso a Cassi não atenda à solicitação, a ANS pode decretar alienação da carteira ou liquidação do plano. Se a proposta não for aprovada, a Cassi corre o risco de acabar. Os associados teriam garantido, apenas 4,5% do salário para buscar um plano de saúde no mercado.
R$ 1 bilhão
A proposta aumenta o custeio de associados e patrocinador, reequilibrando as contas e evitando os cenários mais drásticos previstos pela resolução normativa que rege a direção fiscal. Relatório da diretora fiscal mostra que o patrimônio líquido, a insuficiência na margem de solvência e os ativos garantidores que estão negativos somam R$1,2 bilhões.
Pela proposta, todas as novas contribuições da parte do banco serão retroativas a janeiro de 2019. Veja mais detalhes no box.
Com a aprovação, fica mantida a contribuição patronal pós-laboral para os atuais associados, ativos e aposentados. Os novos funcionários, empossados em 2018, passam a ter direito de entrar no plano e, na aposentadoria, à assistência em regime de auto patrocínio. Será mantida a responsabilidade do BB com o plano. Caso contrário, e com a liquidação ou venda da Cassi, cessa a responsabilidade e o BB custeará um plano de mercado. Serão mantidos a governança paritária e a presidência do Conselho Deliberativo por um eleito.

Novas contribuições
Contribuição patronal
• 4,5% por associado
• 3% por dependente dos funcionários da ativa, com teto de 9%
• 10% da folha de funcionários da ativa como taxa de administração paga pelo pa- trocinador até 2021
• R$ 450 milhões referente à antecipação das despesas do grupo de dependentes indiretos (GDI)
• Contribuição proporcional ao salário
Contribuição dos associados
• 4% do salário
Dependentes:
• Associado da ativa pagará 1% no primeiro dependente; 0,5 % no segundo e 0,25% a partir do terceiro dependente.
• Associado aposentado pagará 2% no primeiro dependente; 0,5% no segundo e 0,25% a partir do terceiro.
• O teto de contribuição de todos os associados será de 7,5%.

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