Segunda, 04 Novembro 2019 21:14

Trabalhadores protestam contra privatizações e a política econômica do governo Bolsonaro

 Manifestantes protestam em Brasília, tendo ao fundo o Congresso Nacional, contra o projeto do governo de privatizar empresas e bancos públicos e retirar direitos dos trabalhadores Manifestantes protestam em Brasília, tendo ao fundo o Congresso Nacional, contra o projeto do governo de privatizar empresas e bancos públicos e retirar direitos dos trabalhadores

Milhares de trabalhares ocuparam duas das quatro pistas de acesso à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, desde a manhã desta quarta-feira, 30 de outubro, para protestar contra a política econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL), comandada pelo ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes.
Bancos públicos
Dirigentes sindicais da categoria bancária participaram da manifestação na capital federal. O movimento sindical alerta que o Brasil só voltará a crescer com investimento público e que instituições públicas como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, serão fundamentais para a recuperação da economia e a volta da geração de emprego e renda. Os participantes denunciaram o projeto privatista do governo. Segundo palavras do próprio Paulo Guedes, a intenção “é de vender tudo”.
O presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes, disse recentemente à imprensa que “em algum momento no futuro a privatização do BB será inevitável”. A declaração causou preocupação no funcionalismo e repúdio dos sindicatos.
O governo Bolsonaro quer impor aos brasileiros um projeto econômico que fracassou em todos os países em que foi aplicado. No Chile, o povo rebela-se contra este mesmo modelo neoliberal. Na Argentina, o governo de direita foi varrido nas eleições presidenciais, elegendo os peronistas do campo popular e na Bolívia, Evo Morales, líder da esquerda que recuperou a economia de seu país, também venceu no primeiro turno.
Desenvolvimento sustentável
Sérgio Nobre lembrou que o país precisa de um projeto de desenvolvimento sustentável, com justiça social e distribuição de renda e não cortes de investimentos. O cutista citou como exemplo os protestos contra a política neoliberal de arrocho trabalhista e previdenciário que estão acontecendo no Chile. A convulsão social naquele país contradiz as teses do ministro Paulo Guedes que dizia à imprensa que o Chile era “a Suíça latino-americana” e insiste em adotar no Brasil o mesmo modelo que extinguiu a Previdência Social no país vizinho, criando o sistema de capitalização privada, o que gerou a revolta dos chilenos.
Durante todo o dia, manifestantes gritavam o slogan “Lula Livre”, apoiados por motoristas de ônibus e de carros que passavam em frente ao ato e acenavam positivamente. A manifestação foi organizada por várias centrais sindicais, como a CUT, CTB, Força Sindical, UGT, CSB e Intersindical, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

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