Quinta, 24 Outubro 2019 19:16

Contraf-CUT debate desigualdades raciais e ideologia racista no setor bancário

Segundo módulo do curso de extensão Étnico Racial aconteceu nos dias 22 e 24 de outubro
Almir Aguiar destacou a importância de resgatar a história sobre os negros escravizados para fazer uma reflexão crítica sobre o racismo e a discriminação no Brasil Almir Aguiar destacou a importância de resgatar a história sobre os negros escravizados para fazer uma reflexão crítica sobre o racismo e a discriminação no Brasil

As secretarias de Combate ao Racismo e de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizaram, nos dias 17 e 19 de setembro e 22 e 24 de outubro, em São Paulo, o curso Étnico Racial, para debater as desigualdades raciais e a ideologia racista no setor bancário.

Objetivo do curso

“Mesmo depois de 350 anos de escravidão, o racismo e o preconceito no Brasil ainda perduram. A discriminação contra pessoas de pele preta acontece em vários âmbitos, principalmente, no mercado de trabalho. No caso do setor bancário a discriminação é explícita. Negros quase nunca estão nas funções de chefia e as mulheres negras sofrem dupla preconceito, de raça e de gênero”, explica o diretor da Secretaria de Combate ao Racismo, Almir Aguiar.

Ao todo foram 32 horas de aprendizado, com aulas elaboradas e certificadas pela Universidade Federal do ABC, ministradas pelo professor Ramatis Jacinto, mestre e doutorando em História Econômica pela USP e presidente do Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial e pelo Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros.

O racismo como ideologia

O primeiro módulo do curso (17 e 19 de setembro) abordou a história econômica do Brasil e refletiu questões sociológicas e filosóficas sobre escravidão, racismo e suas consequências no mercado de trabalho atual.

O segundo módulo, concluído nesta quinta-feira (24), se aprofundou sobre a construção do racismo como ideologia e resgatou a contribuição do continente africano nos campos da ciência, tecnologia e arte para a criação das riquezas no Brasil e no mundo.

“O curso nos trouxe uma reflexão diante do resgate histórico sobre as condições dos negros escravizados, e sua contribuição sobre nos setores da economia, como agricultura, siderurgia, tecidos, mineração, fundição e joalheria. É importante conhecer o passado, para entender as causas da discriminação e nos organizar para combater e lutar por uma sociedade justa, igualitária, democrática e livre do preconceito racial”, completou Almir.

 

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