Os trabalhadores estão sofrendo com arrocho salarial e uma reforma da Previdência que vai reduzir a média das aposentadorias em pelo menos 40%, além de obrigar os brasileiros a trabalharem muito mais tempo para conseguir o benefício integral: 40 anos. A idade mínima passa a ser de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Entretanto, em plena crise, para convencer os militares de um aumento de cinco anos no tempo de contribuição para se aposentar, o governo Bolsonaro vai conceder um afago aos generais e coronéis que vai custar aos cofres públicos R$82 bilhões. Para elevar em cinco anos o tempo de contribuição na caserna, Bolsonaro quer dar um aumento de 75% nos salários de generais e coronéis. Além de um privilégio descabido em um país em plena recessão e cujo governo corta bilhões em investimentos sociais, arrocha salários e reduz drasticamente os valores das aposentadorias do INSS, o reajuste tem causado indignação e revolta entre praças e suboficiais, cujo aumento do salário é muito menor do que o que será dado à alta patente das Forças Armadas (17%), embora o índice do baixo escalão ainda seja muito maior do que o dos demais setores da sociedade.