Quarta, 16 Outubro 2019 17:48

Bancos dão calote que já chega a R$28 bi de empréstimos do Proer

Dívida é do programa criado em 1995 pelo então presidente FHC para socorrer bancos e valor é quase o igual ao dos cortes de investimentos públicos feitos por Bolsonaro
DEVO NÃO NEGO, NÃO PAGO NUNCA MAIS - O extinto banco nacional, comprado pelo Unibanco, hoje do grupo Itaú, tem um saldo devedor de R$20,659 bilhões do dinheiro público que recebeu do Proer, criado por FHC DEVO NÃO NEGO, NÃO PAGO NUNCA MAIS - O extinto banco nacional, comprado pelo Unibanco, hoje do grupo Itaú, tem um saldo devedor de R$20,659 bilhões do dinheiro público que recebeu do Proer, criado por FHC

Em 1995, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criou o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), para socorrer bancos que em processo de falência em função de políticas de controle da inflação dos anos 1990. Mas, a ajuda de FHC aos banqueiros ainda custa muito caro aos cofres públicos, segundo matéria publicada na quarta-feira, 15 de outubro pelo jornal Monitor Mercantil. Dois bancos que receberam o auxílio financeiro não pagaram suas dívidas, que acumulada há mais de 20 anos já chega a R$28 bilhões. O valor é quase o mesmo do corte (contingenciamento) feito pelo governo Bolsonaro em várias áreas sociais, inclusive educação.

“O curioso é que 63 milhões de brasileiros estão negativados no SPC, com o nome sujo e sem crédito, humilhados, com dívida em média de R$500, por causa dos maiores juros do planeta cobrados pelos bancos, enquanto que banqueiros caloteiros vivem uma vida abastarda mesmo dando calote de bilhões de reais aos cofres públicos”, critica o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Paulo Matilleti.

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