Segunda, 30 Setembro 2019 21:02

Funcionários do BB aponta Dia de Luta em defesa da Cassi

Deliberado pelo 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, o Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado neste sábado (28), em São Paulo, trouxe o histórico e a situação atual da Caixa de Assistência dos Funcionários do banco (Cassi) para pauta de debates.

Também, durante o encontro foi possível debater políticas públicas de saúde, como SUS, e também as autogestões como a Cassi. “Foi um dia rico de debate e aprendizados que fecha o mês de defesa da Cassi”, disse o coordenador da CEBB, João Fukunaga.
Fukunaga lembrou ainda que, durante todo o mês foram realizadas reuniões e plenárias nos locais de trabalho, sindicatos e federações para debater e esclarecer os funcionários e toda a categoria sobre a situação da Cassi. Também foram colhidas assinaturas em um abaixo assinado em defesa da Cassi que será entregue à Cassi.

O encontro apontou a realização de um dia nacional de luta em defesa da Cassi, nos dias 3 ou 4 de outubro de acordo com o calendário nacional de luta contra as privatizações que já tem manifestações agendadas em diversos pontos do país. Aqui no Rio de janeiro será dia 3/10 com grande ato em frente a Petrobras, unificando a luta contra o desmonte das empresas públicas. Rita Mota, diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa do BB, destaca que a luta pela Cassi está colada na luta em defesa do Banco do Brasil e contra a política nefasta desse governo.
O Encontro orientou ainda para a necessidade de retomada do debate entre as entidades que compõem a mesa de negociação com o BB em busca de uma proposta de consenso para a situação da CASSI. Várias possíveis propostas já estão circulando em grupo de facebook e WhatsApp, no entanto, Fukunaga enfatiza que todas as propostas que vem sendo construídas devem ser encaminhadas para a Contraf para que o mais rápido possível as entidades possam avalia-las de conjunto e chegar a uma nova proposta que represente a solvência e a continuidade da CASSI. 

 Política de Saúde

 Além dos problemas da Cassi, funcionários conheceram a realidade de outros planos de gestão e estratégias de atendimento à saúde do trabalhador. A primeira mesa do Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do Banco do Brasil, debateu a autogestão e a atenção primária de saúde.

Elisa Figueiredo, que faz parte da CEBB e representa a Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb/SP-MS) na mesa de negociações com o banco, enfatizou que “falar sobre autogestão é falar sobre a participação dos funcionários na estratégia de atuação do plano de saúde, na gestão de longo prazo e no modelo de atendimento, que pode levar em conta a questão preventiva, o cuidado ao invés da cura”.

Contribuíram com o debate, o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Gonzalo Vecina Neto, ex-secretário municipal de Saúde de São Paulo e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Vera Marchioni, do Conselho Fiscal da Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo (Cabesp), o dirigente da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (Fetec-CUT/SP) Leonardo Quadros, que transmitiu a experiência do Saúde Caixa e Carlos Célio, representante da Geap Autogestão em Saúde (plano de saúde dos servidores públicos federais ativos, aposentados e familiares) também defendeu a autogestão como forma de administração dos planos de saúde lembrando que: “A autogestão é imbatível no termo de custo e de qualidade. Pelas regras do mercado, quanto mais idosa a pessoa, maior o custo. Na autogestão não precisamos nos submeter a isso. Não há nada que obrigue um plano de autogestão a cobrar dos participantes de acordo com a faixa etária”.

O Encontro foi transmitido ao vivo. Informações mais detalhadas sobre os debates no site da CONTRAF CUT.

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