Terça, 17 Setembro 2019 17:48

Bancários cobram medidas preventivas de saúde

Gilberto Leal, diretor da Secretaria de Saúde do Rio: “É preciso garantir a saúde de todos os bancários e o amparo para os que estão em licença médica” Gilberto Leal, diretor da Secretaria de Saúde do Rio: “É preciso garantir a saúde de todos os bancários e o amparo para os que estão em licença médica”

Em reunião de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, realizada na quarta-feira (11), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) prometeu apresentar aos bancos os elementos sobre uma política de prevenção dos problemas de saúde do trabalho nos bancos, propostos pela representação da categoria. Os sindicalistas constataram a grave situação de saúde dos bancários, destacaram a necessidade de reconhecimento dos riscos e a importância da participação dos trabalhadores na construção da política de prevenção.  

“O número de afastamentos devido a doenças psíquicas não para de aumentar em função da pressão por metas e do assédio moral e a situação dos funcionários atingidos por LER/Dort continua grave”, disse o diretor de Saúde do Sindicato do Rio, Gilberto Leal, que participou da reunião em São Paulo. O sindicalista lembra da importância de políticas preventivas.

“Saúde de qualidade é prevenção. É preciso combater as causas do adoecimento da categoria, pondo fim às metas absurdas e a prática da pressão psicológica e de assédio para atingir os resultados”, explica. 

Os sindicatos defendem a criação de sistemas de gestão de saúde e segurança no trabalho pelas empresas, conforme previsto na legislação brasileira.

“O que reivindicamos é o cumprimento da lei. Mas, para avançarmos é fundamental a participação ativa dos trabalhadores no processo de elaboração das políticas de saúde”, acrescenta Gilberto.

A Fenaban admitiu a gravidade do problema, mas pediu um prazo para que os bancos atendam as reivindicações dos bancários.

Garantia para os afastados

O Comando Nacional cobrou ainda respostas da Fenaban sobre questões que ficaram pendentes na última reunião da mesa temática de saúde do trabalhador, realizada no dia 11 de julho, como a cláusula 29 da  Convenção Coletiva de Trabalho, que trata da complementação dos auxílios doença previdenciário e acindentário. Os bancos concordam em fazer a complementação, mas pediram um levantamento onde não há complementação para que os bancos possam verificar se são casos isolados ou fruto de mudanças dos procedimentos do INSS. Com relação à não concessão de cesta alimentação a bancários afastados para tratamento de saúde, a Fenaban vai chamar uma reunião geral dos bancos para avaliar se o problema.

“O importante é que todos os trabalhadores afastados por problema de saúde sejam amparados, ainda nesta conjuntura de desemprego. Muita gente na família acaba tendo de ser ajudada pelo bancário, o que aumenta a necessidade de proteção”, explica Gilberto.

 

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