Quinta, 29 Agosto 2019 14:56

Dia da visibilidade lésbica representa luta contra discriminação

Celebrado na data de hoje, a celebração combate o machismo cultural
Escrito por Gabriel de Oliveira
Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é celebrado desde 1996 Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é celebrado desde 1996 Contraf-CUT

Desde 1996, o dia 29 de agosto celebra o Dia da Nacional da Visibilidade Lésbica. A celebração contrapõe os machismos da sociedade, e também os avanços das mobilizações e pautas abordadas pelas mulheres lésbicas dentro do movimento LGBT e do feminismo.

            A referência da data se dá pela realização do primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), ocorrido na mesma data, em 1996. Na época, dentro os assuntos debatidos, se destacou o combate à violação nos direitos da mulher por causa de sua orientação sexual.

            Apesar de alguns avanços perante às questões LGBTQI+, ainda nos dias atuais o preconceito e a discriminação são reflexos de um passado obscuro que fez de muitas pessoas assumidamente gays, vítimas de intolerância e diversos tipos de violência, desde as verbais até agressões e mortes.

            O Brasil está listado entre os países mais perigosos para a vivência de gays, lésbicas e transexuais. De acordo com a ONG Transgender Europe, numa tabela referente ao ano de 2016, nosso país lidera o índice de mortes de travestis, somando mais de 800 casos em oito anos.

            Somando esse triste dado, com os regressos do atual governo com as pautas do gênero homossexual, a importância da mobilização vai além dos próprios LGBTQI+s, tendo o reconhecimento da população em geral e o apoio de personalidades públicas com a causa.

Categoria bancária

            Em defesa da diversidade, a categoria bancária é uma das pioneiras em ter uma cláusula de combate à essa discriminação nos bancos. Neste ano ocorrerá o 3º Censo da diversidade bancária, com intuito de analisar e promover ações direcionadas para essa pauta no ambiente de trabalho.

            O Sindicato dos Bancários possui uma Secretaria de Políticas Sociais, que trata diretamente com a categoria, temas relacionados à causa. Com a diretora titular Kátia Branco, o papel da entidade na resistência e combate aos preconceitos, são fundamentais.

- As forças conservadores e fundamentalistas que estão representadas no governo Bolsonaro, não enxergam a mulher além dos deveres atribuídos à casa. Já foi insinuado que lésbicas e LGBTQIs+ necessitariam de cura medicinal, exorcistas ou polícia. Nesse sentido, a visibilidade lésbica é uma ação política para combater e resistir essas barbaridades, analisa Kátia.

Mídia