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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Para enfrentar um capitalismo flexível, mais violento e com formas precárias de contratação é necessário criar uma nova estrutura sindical, com sindicatos de base e uma entidade que represente nas negociações e organize nacionalmente cada categoria. Levantar o debate sobre a urgência de colocar em ação esta ideia é o objetivo do livro “Novo Sindicalismo para o Capitalismo do Século XXI”, do dirigente da Contraf-CUT, ex-diretor do Sindicato, da CUT do Rio de Janeiro e funcionário do Banco do Brasil há 33 anos, Marcello Azevedo, cujo lançamento no estado aconteceu na última terça-feira (27/8) no auditório do Sindicato.
Participaram da mesa da cerimônia, além de Marcello, a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, e a diretora da Secretaria de Comunicação da CUT/RJ, Eduarda Quiroga. O livro, cujo lançamento nacional ocorreu na 21ª Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo, em 4 de agosto, é fundamentada na dissertação apresentada pelo autor no curso de mestrado profissional da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) em convênio com a Fundação Perseu Abramo. O livro está à venda na Livraria Antônio Gramsci (livrariagramisci.com.br).
Marcello é especialista em Economia do Trabalho pelo Centro de Estudos Sindicalismo Internacional e do Trabalho (Cesit) da Universidade de Campinas (Unicamp). Marilane Teixeira, doutora em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp, e orientadora de Marcello no mestrado, frisa que o livro é decorrente da vivência pessoal do dirigente bancário sobre os desafios da organização sindical frente às transformações no mundo do trabalho.
“A subordinação do capital produtivo à lógica das finanças é uma das características distintivas do capitalismo desse século. Sem fronteiras, ele arrasta Estados nacionais para uma intrincada teia de relações de poder e dominação, esvaziando o papel dos Estados e fragilizando ainda mais as políticas de proteção social e de direitos e a organização da classe trabalhadora”, explica Marilane.
Marcello defende uma nova forma de organização da estrutura sindical, apresentando como exemplo, o da sua própria categoria. “Os bancários são os únicos a ter uma Convenção Nacional de Trabalho com direitos garantidos em todo o território do país com sindicatos de base e uma entidade nacional que organiza suas campanhas e negocia com os bancos, a Contraf-CUT. É esse o exemplo de organização sindical a ser seguido”, argumentou. Explicou que a entidade deve representar, nacionalmente, os trabalhadores de cada ramo de atividade, no caso da Contraf-CUT, além dos bancários e financiários, os terceirizados e empregados em correspondentes bancários.