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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Embora a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) este ano não faça parte da Campanha Nacional dos Bancários, pois estará em vigor até 2020, os participantes da 21ª Conferência Interestadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio e Espírito Santo, que terminou no sábado, dia 20 de julho, entenderam que é preciso a categoria estar mobilizada contra os ataques do governo aos seus direitos e aos dos demais trabalhadores. Neste sentido foi aprovado que a Campanha intensificará as mobilizações contra as medidas que visam prejudicar os trabalhadores como a reforma da Previdência e a Medida Provisória 881, que altera uma série de direitos trabalhistas. Foram debatidos ainda a necessidade de mudanças e modernização da estrutura sindical e das estratégias de comunicação social.
Defesa dos bancos públicos
A Campanha vai reivindicar, ainda, a defesa dos bancos públicos e demais estatais ameaçadas de privatização, o fim das demissões em massa no sistema financeiro e a realização do censo da diversidade para combater a discriminação de mulheres, negros e homoafetivos. Diante das provas que confirmam ter sido uma fraude a prisão do ex-presidente Lula, após divulgação de conversas entre o juiz Sérgio Moro e membros do Ministério Público Federal, a Conferência aprovou também a luta pela liberdade do ex-presidente, que também é em defesa da democracia e do estado democrático de direito.
Mais trabalho, benefício menor
O texto da reforma da Previdência foi aprovado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. Voltará ao debate no dia 6 de agosto para nova votação. Se aprovada ainda terá que passar por duas outras votações no Senado.
“A ideia é que, na Campanha, os bancários se mobilizem contra a reforma. As centrais sindicais estão convocando atos e coleta de abaixo-assinado nos meses de julho e agosto. Nosso Sindicato tem colocado à disposição de todos os trabalhadores, bancas para este abaixo-assinado”, explica Adriana.
Haverá um Dia Nacional de Lutas, com atos em Brasília e nos estados, no dia 13 de agosto.
Governo quer impor aos bancários o trabalho nos finais de semana
Outra frente de mobilização da campanha nacional da categoria este ano será pela rejeição da MP 881 que mexe em vários direitos trabalhistas. Uma delas é a que autoriza o trabalho aos domingos e feriados, sem permissão prévia.
“A MP do governo Bolsonaro atinge várias categorias, inclusive a bancária, revogando a lei 4.178/62, que impede instituições financeiras de abrirem ao público aos sábados e domingos, além de tornar as Cipas opcionais. Por estes e outros ataques do governo é que a campanha deste ano é uma das mais importantes da história”, afirma a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso.