Sábado, 20 Julho 2019 16:07

Conferência dos Bancários aprova eixos da Campanha deste ano

Conferência aprova eixos da Campanha deste ano Conferência aprova eixos da Campanha deste ano

Embora este ano não faça parte da Campanha Nacional dos Bancários, a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que estará em vigor até 2020, os participantes da 21ª Conferência Interestadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio e Espírito Santo, que terminou neste sábado, entenderam que é preciso a categoria estar mobilizada contra os ataques do governo aos seus direitos e dos demais trabalhadores. Neste sentido foi aprovado que a Campanha intensificará as mobilizações contra medidas que visam prejudicar os trabalhadores como a reforma da Previdência e a Medida Provisória 881, que altera uma série de direitos trabalhistas.

A Campanha vai reivindicar, ainda, a defesa dos bancos públicos e demais estatais ameaçadas de privatização, o fim das demissões em massa no sistema financeiro e a realização do censo da diversidade para combater a discriminação de mulheres, negros e homoafetivos. Diante das provas que confirmam ter sido uma fraude a prisão do ex-presidente Lula a Conferência aprovou também como eixo da Campanha a luta pela sua liberdade que é também em defesa da democracia ameaçada pelo ex-juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça de Bolsonaro, cujas sentenças foram feitas com interesse político, em conluio com procuradores da Lava-Jato, para evitar que Lula fosse candidato à Presidência.

Previdência

A reforma da Previdência tem como objetivo tirar da classe média e dos mais pobres para dar aos ricos, entre eles os bancos. O governo quer que para ter a aposentadoria integral o trabalhador seja obrigado a contribuir por 40 anos e, no mínimo, ter 65 anos idade, homens e 62, as mulheres.

Isto fará com que a maioria não consiga sequer o benefício. Os que conseguirem vão receber um valor menor do que hoje, já que a reforma altera a forma de cálculo da aposentadoria, considerando todos os salários de contribuição, ao contrário dos 80% maiores, como é hoje, reduzindo o valor, em média, em 60%. A economia de R$ 1 trilhão será feita retirando do bolso do bancário e dos demais trabalhadores.

O texto da reforma foi aprovado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. Voltará ao debate no dia 6 de agosto para nova votação. Se aprovada ainda terá que passar por duas outras votações no Senado.

A ideia é que, na Campanha, os bancários se mobilizem contra a reforma. As centrais sindicais estão convocando atos e coleta de abaixo-assinado nos meses de julho e agosto. E um grande Dia Nacional de Lutas, com atos em Brasília e nos estados, no dia 13 de agosto. Outra frente será pela rejeição da MP 881 que mexe em vários direitos trabalhistas. Uma delas é a que autoriza o trabalho aos domingos e feriados, sem permissão prévia. Outra, que prejudica principalmente a categoria bancária, revoga a lei 4.178/62, que impede instituições financeiras de abrirem ao público aos sábados e domingos, além de tornar as Cipas opcionais.

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