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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Embora este ano não faça parte da Campanha Nacional dos Bancários, a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que estará em vigor até 2020, os participantes da 21ª Conferência Interestadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio e Espírito Santo, que terminou neste sábado, entenderam que é preciso a categoria estar mobilizada contra os ataques do governo aos seus direitos e dos demais trabalhadores. Neste sentido foi aprovado que a Campanha intensificará as mobilizações contra medidas que visam prejudicar os trabalhadores como a reforma da Previdência e a Medida Provisória 881, que altera uma série de direitos trabalhistas.
A Campanha vai reivindicar, ainda, a defesa dos bancos públicos e demais estatais ameaçadas de privatização, o fim das demissões em massa no sistema financeiro e a realização do censo da diversidade para combater a discriminação de mulheres, negros e homoafetivos. Diante das provas que confirmam ter sido uma fraude a prisão do ex-presidente Lula a Conferência aprovou também como eixo da Campanha a luta pela sua liberdade que é também em defesa da democracia ameaçada pelo ex-juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça de Bolsonaro, cujas sentenças foram feitas com interesse político, em conluio com procuradores da Lava-Jato, para evitar que Lula fosse candidato à Presidência.
Previdência
A reforma da Previdência tem como objetivo tirar da classe média e dos mais pobres para dar aos ricos, entre eles os bancos. O governo quer que para ter a aposentadoria integral o trabalhador seja obrigado a contribuir por 40 anos e, no mínimo, ter 65 anos idade, homens e 62, as mulheres.
Isto fará com que a maioria não consiga sequer o benefício. Os que conseguirem vão receber um valor menor do que hoje, já que a reforma altera a forma de cálculo da aposentadoria, considerando todos os salários de contribuição, ao contrário dos 80% maiores, como é hoje, reduzindo o valor, em média, em 60%. A economia de R$ 1 trilhão será feita retirando do bolso do bancário e dos demais trabalhadores.
O texto da reforma foi aprovado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. Voltará ao debate no dia 6 de agosto para nova votação. Se aprovada ainda terá que passar por duas outras votações no Senado.
A ideia é que, na Campanha, os bancários se mobilizem contra a reforma. As centrais sindicais estão convocando atos e coleta de abaixo-assinado nos meses de julho e agosto. E um grande Dia Nacional de Lutas, com atos em Brasília e nos estados, no dia 13 de agosto. Outra frente será pela rejeição da MP 881 que mexe em vários direitos trabalhistas. Uma delas é a que autoriza o trabalho aos domingos e feriados, sem permissão prévia. Outra, que prejudica principalmente a categoria bancária, revoga a lei 4.178/62, que impede instituições financeiras de abrirem ao público aos sábados e domingos, além de tornar as Cipas opcionais.