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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Uma prática comum de bancos e empresas é deixar o trabalhador sem função e ignorá-lo. Este tipo de procedimento é assédio moral. Esta é a conclusão da 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que condenou uma empresa de consultoria com filial em Aracaju, no Sergipe, a pagar indenização no valor de R$5 mil a uma auxiliar de departamento pessoal. A profissional acusou a empresa por assédio moral por ter sido ignorada pela gerente, que a deixou sentada no sofá, sem indicar local de trabalho, durante dois dias no início da contratação.
Prática comum
No caso dos bancos há vários casos deste tipo, especialmente quando o bancário volta de um período de licença médica.
“Temos recebido várias denúncias de casos como este no Bradesco. Desprezar o funcionário e deixa-lo sem uma função específica é assédio moral e a Justiça Trabalhista tem confirmado o que há muito tempo o movimento sindical denuncia”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Leuver Lindolff.
Na decisão TST, o relator, ministro Augusto César Leite de Carvalho, observou que “a atitude da empresa configura afronta à dignidade humana, aliada ao abuso de poder diretivo do empregador”.
A diretora do Sindicato, Nancy Furtado, lembra que os bancários que sofrerem esta ou outra forma de assédio devem ligar para a Secretaria de Bancos Privados da entidade para que sejam tomadas as devidas providências.
“O Bancário não deve aceitar passivamente esta situação, mesmo que esteja sendo pressionado. Uma de nossas reinvindicações históricas é exatamente o tratamento humano e readaptação do funcionário que retorna da licença médica. Um banco que acaba de bater recorde de lucros pode e tem a obrigação social de fazer isto, tratando seus funcionários com dignidade”, afirma.
O Bradesco lucrou R$6,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 22,3% se comparado ao mesmo período do ano passado.