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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Ao mesmo tempo em que faz de tudo para aprovar a Reforma da Previdência, inclusive liberando R$40 milhões para cada deputado em verbas parlamentares, o governo Bolsonaro parece mesmo seguir a máxima de que é tigrão com o povo e tchutchuca com os banqueiros. A política econômica, que aprofunda a recessão, continua a promover a farra dos lucros de banqueiros e especuladores. Os juros do cartão de crédito tiveram em março deste ano a mais alta taxa desde maio do ano passado, quando estava em 302,7%, chegando agora a 299,5% ao ano.
Os dados foram divulgados na sexta-feira, dia 26 de abril, pelo Banco Central.
A taxa de juros do rotativo regular, aquela que é aplicada quando o cliente paga o valor mínimo da fatura, subiu de 253,9% ao ano em março de 2018 para 281,4%. A alta foi de 27,5 pontos percentuais no ano.
As taxas de juros do cartão de crédito parcelado subiram de 170,4% para 178,4% no ano, alta de 8 pontos percentuais.
Cheque Especial
A taxa de juros do cheque especial ficou em 322,7% ao ano em março, alta de 4,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior, quando estava em 317,9% ao ano. Essa é, hoje, a modalidade de crédito mais cara do mercado para a pessoa física.
A taxa do mês passado é a mais elevada desde março do ano passado (324,7%).
Empréstimo Pessoal
Nas operações de crédito pessoal, a taxa de juros ficou em 45,2% ao ano em março, ligeira queda em relação ao ano anterior, quando estava em 45,3%. Em março do ano passado, estava em 46,8%.
No crédito pessoal não consignado, houve queda de 125% para 123,7% na comparação anual. Já no consignado houve queda de 26,1% para 23,6%.
A velha máxima do mercado de que os juros sobem em função do aumento de risco de calote não se sustenta: Dados do Banco Central apontam para recuo na inadimplência nas operações com recursos livres na comparação anual. A porcentagem passou de 4,8% março de 2018 para 3,9% no mês passado. Em relação ao mês anterior, houve estabilidade.
Pessoas físicas seguem com inadimplência mais elevada, de 4,7%. Entre as empresas, o percentual é de 2,8%.
“O cartel dos bancos no Brasil, mais do que nunca, domina a política econômica, destroçando o setor produtivo e aumentando a recessão e o desemprego. Só banqueiros e especuladores ganham, e faturam cada vez mais, neste país”, critica o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.