Segunda, 15 Abril 2019 18:52

SANTANDER - Bancários cobram informações sobre novos modelos de atendimento e criticam demissões

Na última sexta feira, dia 12 de abril, o Sindicato recebeu representantes do RH do Banco Santander. Na reunião os representantes do banco espanhol atualizaram algumas informações sobre o novo cargo GNS (Gerente de Negócios e Serviços), cartão alimentação e refeição e trabalho voluntário para orientação financeira.
O novo modelo de atendimento fará com que os bancários realizem tarefas diversas. A ideia do banco é que o cliente resolva todas as suas demandas com apenas um funcionário e seja encaminhado para atendimento especializado com Gerentes Van Gogh e PJ (Pessoa Jurídica), apenas assuntos que os demais funcionários não conseguirem resolver. O Santander disse que não haverá mudança no horário e nem no salário dos cargos envolvidos na mudança. 
Tíquetes
Uma das preocupações dos bancários quanto ao cartão BEN é a rede credenciada. A informação passada em reunião é que das grandes redes de atacadistas de supermercados, a única que ainda não foi credenciada é a Assaí. 
Quanto ao trabalho voluntário de orientação financeira, a informação é a de que são 28 agências em todo o Brasil e apenas uma na base do Sindicato do Rio. 
Trabalho aos sábados
Os dirigentes sindicais perguntaram sobre o trabalho aos sábados, após o presidente do grupo espanhol no Brasil, Sérgio Rial, ter divulgado nas redes sociais a defesa do trabalho nos finais de semana. A representação do Santander disse que “a abertura de 29 agências será restrita, inicialmente, aos meses de maio e junho, apenas como trabalho voluntário”. A preocupação do Sindicato é com a garantia dos direitos trabalhistas, pois os bancários estão se cadastrando para trabalho “voluntário”, estando assim desprotegidos.
O Sindicato considera que, ainda que seja um projeto piloto, está fora da regulmentação do Banco Central. “Em caso de acidente de trabalho com danos à saúde do trabalhador, o trabalho voluntário dificultaria o reconhecimnento da doença ocupacional por parte da empresa”, explica Vicente. 
Demissões no Rio
Outro tema debatido na reunião foi a quantidade expressiva de demissões. “Cobramos uma posição quantos as demissões e a dificuldade dos que ficam para dar conta dos serviços acumulados e da sobrecarga de trabalho. O Santander alega que está demitindo, mas ao mesmo tempo, contratando novos bancários. Porém os números nos mostram que no ano de 2018 o banco foi o que mais demitiu no Rio de Janeiro, e isso continua neste ano”, disse o diretor do Sindicato Marco Vicente. O sindicalista lembra que o Lucro do Santander Brasil representou em 2018 26% do resultado mundial da Empresa. “O bancário brasileiro não merece esse tratamento dado pelo grupo espanhol”, completa Vicente.

Situação de funcionários que levaram falta devido ao temporal, será revista

Na noite do dia 8 até a madrugada do dia 09 de abril, o Rio sofreu com o temporal que resultou em grandes transtornos e tragédia para a população. 
Na rede de agências os bancários que não tiveram condições de chegar ao trabalho não tiveram problemas com os seus gestores quanto a marcação de ponto. No entanto, mais uma vez a gestão do Vila Santander Carioca, de forma desumana, ameaçou com falta os funcionários que devido a catástrofe não conseguiram chegar ao trabalho. Esse fato já havia ocorrido em relação ao feriado da quarta-feira de cinzas, no ano passado, suspenso pela Justiça. 
“Não entendemos o porquê da gestão do VSC não fazer uma análise humana da situação e evitar que esses colegas sofram ainda mais com desconto em seus salários”, critica a diretora do Sindicato, Maria de Fatima

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