Segunda, 15 Abril 2019 18:50

Sindicato defende postos de trabalho em negociação com Itaú

O Sindicato busca um canal de negociação para barrar as demissões em massa no Itaú. Caso o banco insista com as dispensas, novos protestos e paralisações poderão ser realizados O Sindicato busca um canal de negociação para barrar as demissões em massa no Itaú. Caso o banco insista com as dispensas, novos protestos e paralisações poderão ser realizados

Dirigentes sindicais se reuniram com representantes do Banco Itaú na última sexta-feira (12), na para cobrar uma posição da instituição sobre as constantes demissões, fechamento de agências e baixo nível nas condições de trabalho que afetam a saúde dos bancários. Apenas este ano, foram mais de 100 de dispensas, segundo o banco “por baixa performance dos funcionários nas avaliações da empresa”. O Itaú alega ainda que o impacto financeiro que o Rio de Janeiro atravessa influencia negativamente na rentabilidade das unidades. Nestes casos, os representantes do banco disseram que a orientação é a realocação dos empregados. 
“Este é um momento muito difícil para todos nós, com a economia do Brasil estagnada, tornando ainda mais difícil para o bancário vender os produtos dos bancos e atingir as metas absurdas estabelecidas pelo banco. O Itaú prega em suas propagandas responsabilidade social e deveria praticá-la mantendo os postos de trabalho e não contribuindo para o aumento do desemprego em nosso país”, disse a presidenta do Sindicato Adriana Nalesso. A sindicalista destaca que muitos funcionários relatam que trabalham mesmo doentes por receio de perder o emprego e cobra mudança nos critérios mais humanos do Itaú para avaliar seus funcionários. 
Dono do maior lucro anual da história dos bancos, em 2018 o Itaú somou R$25,7 bilhões, crescimento de 3,4% em relação ao ano anterior. Porém, mesmo com o resultado exorbitante, a instituição prossegue com suas demissões em massa.
Segundo Maria Izabel Menezes, diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa do Itaú, o bancário precisa informar ao Sindicato quando houver realocação. “Precisamos estar atentos e os bancários devem nos informar sobre as transferências. A reforma trabalhista tirou do sindicato as homologações, por isso, mais do que nunca os bancários precisam nos comunicar se, de fato, as transferências estão ocorrendo ou não”, afirma. Representando o Sindicato, participaram também da reunião, os dirigentes, Ronald Carvalhosa, Dorival Telles, Belmar Marchetti e Renato Higino.

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