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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) deve ser votada esta semana na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.
É hora de reforçar a pressão sobre os deputados e deputadas que compõem a CCJ para que não aprovem essa reforma que prejudica milhões de trabalhadores e trabalhadoras, em especial os mais pobres, e também os idosos carentes, afirma o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa.
Segundo ele, para cada etapa da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, é preciso fazer uma campanha específica, direcionada, que atinja os deputados envolvidos nas comissões.
Antes de a proposta chegar ao plenário da Câmara, todos devem saber o que a classe trabalhadora acha da reforma. Devem saber que estamos atentos, estamos de olho nos seus mandatos e nas decisões que tomarem contra os trabalhadores e trabalhadoras do país
Nesse sentido, diz o secretário, a CUT preparou uma campanha específica, lançada nesta segunda-feira (15), por meio do site Na Pressão, para ajudar o trabalhador a enviar mensagens contra a aprovação da PEC diretamente para os parlamentares do seu estado.
“Reforma da Previdência: pressione seu deputado é o nome da nova campanha que dá ao trabalhador e a trabalhadora acesso fácil a lista dos deputados que compõe a comissão, em que estado foram eleitos, qual o posicionamento quanto a reforma (a favor, contra ou indecisos) e uma lista de e-mail para que todos possam mandar um recado para o seu deputado”, diz Roni.
“É fácil e rápido. Pode ser feito pelo celular, laptop ou computador, de onde você estiver. Basta acessar o link específico da campanha do Na Pressão, dar uma breve navegada e pronto, seu recado chegará até o seu deputado”, orienta.
PEC do fim da aposentadoria
O relator da Proposta de Emenda à Constituição, o delegado Marcelo Freitas, deputado pelo PSL de Minas Gerais, já aprovou o texto, ignorando inclusive as inconstitucionalidades. O governo está pressionando para que a CCJ aprove o texto ainda esta semana, antes do feriado da Páscoa, porque a ideia é aprovar no plenário no primeiro semestre do ano, ou, no máximo, até agosto.
O que é a reforma
A reforma de Bolsonaro dificulta o acesso à aposentadoria, diminui o valor dos benefícios e ataca itens da legislação trabalhista, como o fim do pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quem se aposentar e continuar trabalhando na mesma empresa. Ataca também leis complementares como a que instituiu o abono salarial do PIS/PASEP para os trabalhadores e trabalhadoras formais que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996,00) – Bolsonaro quer pagar só para quem ganha até um salário mínimo.
“Pressione seu deputado. Não deixe que essa reforma nefasta siga adiante. Participe!”, conclui Roni.