Quinta, 11 Abril 2019 17:22

Fenaban acata reivindicação da categoria sobre realização do 3º Censo da Diversidade Bancária

 Houve avanços na definição do novo Censo da Diversidade, mas a criação do canal de atendimento às bancárias vítimas de violência ficou para a próxima reunião  Houve avanços na definição do novo Censo da Diversidade, mas a criação do canal de atendimento às bancárias vítimas de violência ficou para a próxima reunião

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) acatou a proposta do Comando Nacional do Bancários de realização de um programa de capacitação da categoria sobre questões de diversidade como complementação do 3º Censo da Diversidade Bancária. A informação foi dada pelos bancos durante a mesa de Igualdade de Oportunidades, realizada na quarta-feira (9), em São Paulo.
Um Grupo de Trabalho compostos por pessoas indicadas pela Fenaban e pelo Comando vai tratar de detalhes sobre os conteúdos, materiais e mídias a serem utilizados no programa. A ONU Mulheres, a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Ministério Público do Trabalho e outras entidades serão convidadas a contribuir com a elaboração e o conteúdo da proposta.

 

Ampliando o debate


O dia da primeira reunião ainda não foi definido, mas já tem datas indicativas para maio. A campanha de sensibilização da categoria e da sociedade sobre as questões da diversidade está prevista para começar em junho e se prolongará até outubro, quando se encerrará a fase de questionário, que tem previsão se iniciar no final de agosto. Os resultados serão tabulados e analisados entre novembro e janeiro e os resultados serão divulgados em fevereiro de 2020.

“É importante envolver não somente a categoria e os bancos neste cronograma de trabalho, mas ampliar o debate com entidades, como a OIT, a ONU Mulheres e o Ministério Público do Trabalho, para os debates e ações em defesa da igualdade de oportunidades”, avalia a diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato do Rio, Kátia Branco, que participou da reunião.

Para os sindicalistas, diante de uma conjuntura tão adversa, o novo Censo da Diversidade é uma conquista relevante.

“Há um avanço, em todo o mundo, dos valores conservadores e reacionários. Os trabalhadores precisam se unir para garantir direitos e oportunidades iguais para todos”, destaca a diretora da Fetraf-RJ/ES (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Adilma Nunes.


Combate ao preconceito


O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, ressaltou o fato de que antes de responder ao questionário da pesquisa, a categoria participará de uma campanha de sensibilização e conscientização sobre o tema. “Mesmo que eles não se tornem agentes da diversidade, serão sensibilizados e terão informação suficiente para não aceitarem a propagação do preconceito e da violência contra pessoas, pelo simples fato de elas possuírem características pessoais diferentes das que são aceitas socialmente”, disse.

Com relação à criação de um canal de atendimento às bancárias vítimas de violência, seja doméstica ou em outro ambiente social, inclusive no trabalho, a Fenaban disse que os bancos estão sensibilizados com sua importância, mas, devido à complexidade do assunto, pediu mais tempo para analisar a proposta. O assunto voltará a ser tratado na próxima reunião.

 

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