Quarta, 13 Março 2019 16:35

Desvinculação das verbas do orçamento ameaça educação e saúde

No governo Bolsonaro prevalece a máxima popular de que “não há nada tão ruim, que não possa piorar”. O ministro Paulo Guedes anunciou ao jornal O Estado de S Paulo, a respeito da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Pacto Federativo. A ideia é empurrar para o Congresso Nacional aprovar a proposta junto com a Reforma da Previdência. Com a proposta, governos federal, estaduais e municipais não serão mais obrigados a fazer os investimentos mínimos em setores fundamentais, como educação e saúde.

“A alegação do governo é a situação financeira caótica de estados e municípios. Mas caótica mesmo é a situação da saúde e da educação públicas em nosso país. Imagine com a permissão para que os governantes não invistam um mínimo estabelecido em Lei nas áreas socais”, critica o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Gilberto Leal.

 

Reforma da Previdência

 

Ao Estadão, o ministro disse que faltariam apenas 48 votos para que a Reforma da Previdência seja aprovada na Câmara dos Deputados, mas em seguida, ele ponderou, diante da lembrança feita pelos repórteres de que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o texto não seria aprovado hoje.

Guedes diz que a reforma precisa economizar no mínimo R$ 1 trilhão.

“Quando um governo está à serviço apenas de banqueiros e empresários dá nisso. Em vez de cobrar o calote dos patrões à Previdência Social, que chega a quase R$500 bilhões e enfrentar os juros que o governo paga aos bancos da dívida pública, que chega aos exatos R$1 trilhão que o governo quer economizar, Paulo Guedes e Bolsonaro preferem tirar o direito de o trabalhador se aposentar e acabar de vez com o acesso do povo brasileiro à educação e à saúde. Somente a mobilização popular nas ruas poderá derrubar mais esta atrocidade deste governo contra os trabalhadores”, conclui Gilberto.

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