Segunda, 11 Março 2019 15:50

Mesa de negociação da Cassi aprofunda os debates

Na sexta-feira (8), aconteceu uma nova rodada da Mesa de Negociações da Cassi, na sede do Banco do Brasil em Brasília (foto). As entidades reafirmaram ao BB que mantêm a posição contrária ao voto de minerva e também não aceitam a alternância na presidência do conselho deliberativo (hoje ocupada por um conselheiro eleito), bem como a das representações nas diretorias. As entidades informaram ainda ao BB que poderão ser introduzidos outros mecanismos para facilitar o rito de decisão como a pauta automática no conselho deliberativo.
Sobre a reabertura do Plano Associados, as entidades cobraram do BB o detalhamento de como seria a entrada dos novos funcionários e também dos funcionários de bancos incorporados. O Banco respondeu que fará uma proposta de redação no Estatuto da Cassi que prepare o Plano para recebimento de novos funcionários.
Em relação ao custeio, foi cobrado do BB que seja mantida a proporcionalidade de 60/40 nos valores globais das contribuições entre patrocinador e associados.
As entidades reivindicaram que haja mais estudos e simulações sobre a proposta de custeio. Ficou estabelecido que serão feitas simulações utilizando os dados existentes e as projeções na Cassi.
Será constituído grupo técnico para fazer as simulações de custeio, no início da próxima semana, com indicados das entidades, BB e Cassi. Os estudos serão utilizados para melhor análise dos números globais e formatação de contrapropostas sobre o custeio.
Negociações continuam
A próxima rodada está marcada para o dia 18 de março, com negociações nos dias subsequentes. Para a diretora do sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB – CEBB, Rita Mota, a formulação de uma nova proposta que possa ser levada a debate com os associados e, posteriormente, a consulta ao corpo social, depende do levantamento de mais dados e novas simulações de custeio. “É necessário que a proposta considere a sustentabilidade do plano de associados, atenda às necessidades dos usuários e garanta atendimento a todos associados e seus dependentes. O lucro bilionário do banco, alcançado com grande esforço dos funcionários, demonstra a possibilidade de investimentos na Cassi, ampliando a Estratégia de Saúde da Família que foca na prevenção de doenças e minimiza custos para o plano”.

Críticas de Bolsonaro à prevenção ao assédio moral e sexual causa indignação geral

Primeiro foi a repercussão negativa do vídeo pornográfico postado por Jair Bolsonaro nas redes sociais, numa crítica moralista e inusitada ao carnaval. Agora o alvo do Presidente da República foi a iniciativa do Banco do Brasil de promover um curso interno de diversidade, prevenção e combate ao assédio moral e sexual.
“Olha só o nível de aparelhamento que existe no Brasil. Isso aqui é processo de educação. Não precisa fazer curso nesse sentido. Nos futuros editais, não teremos mais essa obrigatoriedade”, disse confundido um processo interno da empresa com concurso público. 
O Sindicato e as demais entidades filiadas à Contraf-CUT publicaram uma nota em repúdio as críticas feitas ao processo de seleção da Previ (confira, a nota, na íntegra, em nosso site: www.bancariosrio.org.br.
A indignação não aconteceu apenas na categoria, mas tomou conta da opinião pública, na imprensa e nas redes sociais. 

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